Confira o que se sabe até agora sobre o ataque:
Como aconteceu?
Um homem conduziu uma picape na contramão e invadiu uma ciclovia da West Street, em Manhattan, Nova York (veja abaixo), atropelando pedestres e ciclistas. O carro seguiu e, próximo ao cruzamento com a Chambers Street, bateu em um ônibus escolar.
Após a colisão, o suspeito desceu do carro portando o que pareciam ser duas armas. De acordo com a imprensa norte-americana, policiais balearam o criminoso no abdômen e o detiveram. Após a prisão, constataram que as armas eram falsas.
O ataque deixou oito mortos e 11 feridos. Segundo a imprensa norte-americana, autoridades informaram que o carro era alugado e que várias testemunhas ouviram ele dizer "Allah Akhbar" (Deus é grande) ao sair do veículo. A polícia teria encontrado, junto ao veículo, uma nota escrita – relatos divergem sobre se era em inglês ou em árabe – afirmando que o suspeito cometeu os ataques em nome do Estado Islâmico. O suspeito sobreviveu ao tiro e está internado em um hospital.
Quem são as vítimas?
Cinco argentinos morreram e outro ficou ferido, segundo o Ministério de Relações Exteriores da Argentina. O grupo era integrado por 10 pessoas – quatro escaparam ilesas.
As vítimas, da cidade de Rosario (300 quilômetros a norte de Buenos Aires), foram atropeladas quando atravessavam a ciclovia. Conforme o governo argentino, o grupo era integrado por amigos que celebravam o 30° aniversário de formatura.
A sexta vítima identificada é da Bélgica, conforme informou o ministro das Relações Exteriores do país, Didier Reynders – outros três belgas ficaram feridos. As identidades dos outros dois mortos ainda não foram divulgadas.
Quem é o suspeito?
O autor do atentado foi identificado como Sayfullo Saipov, 29 anos, do Uzbequistão. Ele estaria morando nos Estados Unidos desde 2010, legalmente. De acordo com a rede de televisão CNN, a Uber informou que ele era motorista colaborador da empresa em Nova Jersey nos últimos seis meses e já havia trabalhado como motorista antes.
Saipov já havia tido contato três vezes com as autoridades, segundo o New York Times – nenhum motivo esteve relacionado ao atentado de terça-feira. A CNN afirma ainda que ele era casado, desde 2013, com com Nozima Odilova, também do Uzbequistão.
Apesar do bilhete com menção ao Estado Islâmico, as autoridades ainda não sabem se o suspeito tinha relação com o grupo terrorista ou se apenas se inspirava. Também não há informações sobre se o ataque foi planejado ou espontâneo e mesmo a motivação. No momento, Saipov está internado no hospital, mas ainda não se sabe se e como ele deve colaborar com a polícia.
Qual foi a repercussão?
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (1º) que acabará com o programa de atribuição de vistos de residência (Green Card) por loteria após o atentado.
— Estou iniciando o processo para acabar com o Programa da Loteria de Vistos da Diversidade — disse Trump a jornalistas, acrescentando que "certamente consideraria" enviar à prisão de Guantánamo, em Cuba, o autor do atentado de terça-feira (31), a quem chamou de "animal".
Já o presidente do Uzbequistão, Chavkat Mirzioyev, afirmou que o país "está disposto a usar todas as suas forças e recursos para ajudar na investigação sobre este ato terrorista".