Cinco argentinos morreram e outro ficou ferido no atentado realizado na terça-feira (31) em Nova York, segundo o Ministério de Relações Exteriores da Argentina. A sexta vítima identificada é da Bélgica, conforme informou o ministro das Relações Exteriores do país, Didier Reynders – outros três belgas ficaram feridos.
O ataque, realizado com uma caminhonete que atropelou pedestres e ciclistas, foi praticado, segundo a imprensa norte-americana, por um homem natural do Uzbequistão, de 29 anos, que vivia desde 2010 nos Estados Unidos. No total, oito pessoas morreram e 11 ficaram feridas. O criminoso foi baleado no abdômen pela polícia e encaminhado para o hospital.
De acordo com a chancelaria argentina, as vítimas do país eram "da cidade de Rosario (300 km a norte de Buenos Aires) e integravam um grupo de amigos que celebrava o 30° aniversário de formatura" na cidade.
"O governo argentino expressa suas mais sinceras condolências pelo falecimento dos cidadãos Hernán Diego Mendoza, Diego Enrique Angelini, Alejandro Damián Pagnucco, Ariel Erlij e Hernán Ferruchi, ocorrido como consequência do dramático atentado terrorista na tarde de hoje em Nova York", disse o comunicado do Ministério. O ferido foi identificado como Martín Ludovico Marro, que está internado "fora de perigo".
O grupo era integrado por 10 argentinos, e quatro escaparam ilesos. As vítimas foram atropeladas quando atravessavam a ciclovia.
O governo de Mauricio Macri comunicou que acompanha "as famílias neste terrível momento de profunda dor, que compartilham todos os argentinos". "A Argentina reafirma sua mais enérgica condenação aos atos terroristas e à violência em todas as suas manifestações, e destaca a necessidade de se aprofundar a luta contra este flagelo", disse em nota.
Bélgica lamenta vítimas
O primeiro-ministro belga lamentou a tragédia e informou que os três feridos do país estavam, na noite de terça-feira, em cirurgia. Conforme o jornal La Libre, a vítima era uma mulher de 32 anos que viajou a Nova York com a mãe e duas irmãs.
Quem é o suspeito?
Conforme o jornal The New York Times, o suspeito é Sayfullo Saipov, 29 anos, do Uzbequistão. Ele estaria morando nos Estados Unidos desde 2010. De acordo com a rede de televisão CNN, a Uber informou que ele era motorista colaborador da empresa em Nova Jersey.
A imprensa norte-americana também informa que várias testemunhas ouviram ele dizer "Allah Akhbar" (Deus é grande) ao sair da van. A polícia teria encontrado, junto ao veículo, uma nota escrita em inglês afirmando que Saipov cometeu os ataques em nome do Estado Islâmico.
O presidente do país asiático, Chavkat Mirzioyev, afirmou que "o Uzbequistão está disposto a usar todas as suas forças e recursos para ajudar na investigação sobre este ato terrorista".
O Uzbequistão, uma ex-república soviética de maioria muçulmana, tem centenas de cidadãos lutando em grupos jihadistas no Iraque e Síria, segundo estimativas dos serviços de segurança russos.
O atentado
Um homem que dirigia uma picape invadiu uma ciclovia no centro de Manhattan (veja abaixo), em Nova York, na tarde de terça-feira (31), atropelando diversas pessoas. Oito morreram e pelo menos 11 ficaram feridas no ataque.
"Com base na informação de que dispomos no momento, trata-se de um ato de terrorismo (...) particularmente covarde", disse o prefeito da cidade, Bill de Blasio, durante entrevista coletiva. Ele também lamentou "este dia muito doloroso para nossa cidade".