A Polícia Civil apura se a morte de um colombiano em Esteio tem vinculação com a rede de agiotagem. Yeferson Ladino Trejos, 27 anos, que trabalhava como cobrador de dívidas, foi morto a tiros e teve o corpo carbonizado, na BR-448, no ano passado. Conforme as investigações conduzidas pela equipe da delegada Luciane Bertoletti, da Polícia Civil, Yeferson e seu primo, que vieram juntos da província de Caldas, faziam cobrança para dois agiotas colombianos que trabalham na região. A suspeita é de que ele tenha sido morto por desacerto com a facção que atua no Vale do Sinos e exerce influência nas cidades de Canoas e Esteio.
Já no Litoral, dois assassinatos ocorridos em agosto passado também podem estar ligados aos empréstimos a juros. Um deles resultou na morte e uma criança de seis anos em Imbé. No ataque à casa do menino, houve o disparo de mais de 50 tiros, um deles atingindo-o. A polícia suspeita que o alvo era um colombiano que namorava uma parente da criança e estaria supostamente envolvido com agiotagem. Policiais civis prenderam o suposto mandante do crime, também agiota colombiano que atuava em Tramandaí. O mesmo grupo, conforme apuração da Polícia Civil, teria sido responsável pela morte de outro colombiano, desta vez em Capão da Canoa. A Polícia Civil trabalha com a conexão entre os dois assassinatos.
Em Pernambuco, o delegado Adyr Almeida suspeita que os colombianos que exploram a jogatina ilegal (similar ao Bono a Estrela) também praticam agiotagem. A sistemática seria a mesma do Rio Grande do Sul, direcionada a pequenos comerciantes.