Reportagem do Grupo de Investigação da RBS (GDI) veiculada nesta quarta-feira (5) mostra que uma nova forma de jogo é explorada no Rio Grande do Sul. É o Bono a Estrela, gerenciado por imigrantes colombianos e cuja venda é popular na Região Metropolitana. É clandestino, porque a Lei de Contravenções proíbe jogos de azar, ainda mais se de origem estrangeira, só que isso não parece preocupar os ambulantes que vendem as cartelas a serem sorteadas.
A jogatina ilegal continuou no bairro Guajuviras, em Canoas, como comprovou o repórter fotográfico Ronaldo Bernardi, de GZH, mesmo após publicação da reportagem e alerta do Ministério Público de que se trata de uma flagrante ilegalidade.
Pelas ruas daquele bairro, um dos mais populosos e pobres de Canoas, continuavam a circular vendedores do Bono a Estrela munidos de megafones. Eles anunciam (como fazem há meses) sorteio diário, com prêmio de R$ 1,5 mil para quem acertar os quatro números sorteados. Cada bilhete custa R$ 5 e contém oito sequências de quatro números. Cada cartela só serve para o dia em que é vendida. Mas, em caso de chuva, o sorteio é adiado e o bilhete com a aposta passa a valer para o dia seguinte.
É comum acumular o prêmio porque ninguém acertou os números. O total acumulado, por vezes, supera R$ 10 mil.
Na manhã desta quarta-feira, a gerente do Bono a Estrela no bairro Guajuviras, a colombiana Yuri Viviana Henao Osorio (radicada há dois anos no Brasil, conforme revelou à reportagem do GDI) coordenava um grupo de vendedores da loteria ilegal na área central daquele bairro.
Ela distribuiu cartelas a eles e depois saiu numa moto.