Marcado pelos estragos da enchente de maio, que deixou 183 mortos e 27 desaparecidos, o ano termina com 1.228 pessoas ainda vivendo em abrigos por não terem condições de voltarem para casa no Estado. Conforme o levantamento do governo gaúcho, 63% estão na Região Metropolitana e 19,7%, no Vale do Taquari.
São 412 desabrigados no Centro Humanitário de Acolhimento (CHA) Esperança, em Canoas, e 362 no CHA Vida, em Porto Alegre. Esses abrigos fazem parte de uma parceria entre o governo do Estado, a Organização Internacional para as Migrações (OIM), as prefeituras e o Sistema Fecomércio/Sesc/Senac. Se somados, os dois locais acolhem 774 pessoas.
Além desses espaços, ainda há outros 22 abrigos improvisados para atender os atingidos em mais 13 municípios. Em Canela, na Serra, são 144 pessoas em cinco locais, e em Encantado, no Vale do Taquari, são 129 moradores.
Ainda em dezembro, o governo do Estado publicou uma resolução projetando para junho de 2025 a desativação dos abrigos. Nos próximos seis meses, os órgãos e as instituições do comitê gestor deverão assegurar a adoção de providências para que os acolhidos sejam encaminhados para residências definitivas ofertadas pelo governo federal ou para outras soluções oferecidas pelo município, como aluguel temporário e estadia solidária.
A medida também proíbe o ingresso de novos usuários nos abrigos estaduais existentes devido ao encerramento gradual das atividades.