Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, na manhã desta sexta-feira (14), o subchefe da Casa Militar Proteção e Defesa Civil, coronel Santiago Soares Dias de Castro, falou sobre o cenário de alerta no Rio Grande do Sul diante da previsão de pelo menos 100 milímetros de chuva para este final de semana, e demonstrou preocupação com a quantidade de entulhos que seguem espalhados pelas ruas das cidades atingidas pela enchente de maio.
— Temos vários registros em todo o Estado dos entulhos, do lixo, dos resíduos produzidos por esse primeiro fenômeno que nós tivemos em abril e maio, e isso potencializa os riscos e os impactos de um novo evento, embora não com a mesma severidade. Mas sim, preocupa bastante, porque essa condição pode trazer respostas mais rápidas de alagamento nas áreas metropolitanas próximas a córregos, arroios, pequenos riachos. Essas são as primeiras regiões mais impactadas em um regime de chuvas intensas, assim como a população que vive nas áreas ribeirinhas e próximas a encostas, onde o solo está mais encharcado, e que pode sofrer algum risco de deslizamentos — afirmou.
A recomendação do órgão, de acordo com coronel, é para que a população esteja em contato e atenta a orientações das prefeituras:
— Em todas as áreas da Região Metropolitana,as pessoas precisam estar em contato com a prefeitura para receber orientações. E se estiverem em áreas de risco, não permanecer nessas áreas. O que recomendamos, em especial, é que a população, ao receber os nossos alertas, seja por SMS, redes sociais, que procurem se informar com seu ente municipal da Defesa Civil, seu prefeito, sobre as medidas previstas nos planos de contingência: abrigos, rotas de fuga, providências e quais os maiores riscos na sua região.
Dias de Castro ainda reforçou atenção especial às regiões dos Vales e Serra:
— Nós temos uma preocupação constante com os Vales em razão do solo encharcado. Os riscos geológicos estão sendo permanente monitorados pelo Estado e pelos municípios, junto à população. Da mesma forma na região da Serra.
O coronel também falou sobre a chamada fase de reestabelecimento das cidades, que começa quando os impactos mais severos das inundações passam.
— Nós começamos, junto aos poderes públicos, a efetuar a limpeza urbana, fazer um diagnóstico daquilo que pode ser reestabelecido com manutenção e daquilo que precisa ser reconstruído.