O Ministério Público do Rio Grande do Sul instaurou inquéritos para investigar a atuação da CEEE Equatorial no restabelecimento da energia elétrica, principalmente na região sul do Estado, após a passagem de um ciclone pelo Estado entre os dias 11 e 13 de julho.
Clientes da concessionária chegaram a ficar uma semana sem luz após o fenômeno. Segundo a empresa, o abastecimento foi normalizado nesta quinta-feira (20), restando apenas pontos isolados com problemas, na Região Sul.
Os inquéritos foram abertos pelas promotorias de Justiça de Pelotas, Rio Grande e São Lourenço do Sul. Os procedimentos buscam identificar se houve atuação da CEEE Equatorial no sentido de prevenir falhas no fornecimento e na prestação do serviço, além de compreender a demora para o restabelecimento.
— A excessiva demora no restabelecimento está indicando uma falta de planejamento para o enfrentamento de situações adversas — afirma o promotor Rudimar Tonini Soares.
O promotor, que atua na 1ª Promotoria de Justiça Especializada de Rio Grande, ressalta ainda que o evento climático foi anunciado com antecedência, exigindo uma preparação não demonstrada pela CEEE Equatorial.
Em São José do Norte, consumidores registraram denúncia. A Promotoria de Justiça local averiguou a situação e instaurou uma notícia de fato para que a concessionária regularize os problemas apontados.
Por meio de nota, a CEEE Equatorial informou que "mantém permanente diálogo com o Ministério Público, esclarecendo as informações necessárias relativas à prestação de serviços de distribuição de energia elétrica, incluindo os impactos decorrentes dos últimos ciclones extratropicais. E segue à disposição para atender todas as demandas requeridas relacionadas ao assunto".
Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, o diretor-presidente da empresa, Raimundo Barreto bastos, pediu desculpas e compreensão à população atingida. No entanto, ressaltou que "nenhuma empresa é possível estar dimensionada para atender um porte de evento dessa natureza".