Uma nova atualização, divulgada às 17h30min deste sábado (26) pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, aponta que o número de mortos na tragédia de Brumadinho chegou a 34. O governo mineiro chegou a informar por volta das 20h30min que o número de mortos havia passado para 40, mas depois corrigiu a informação. Dos 34 mortos, só oito corpos foram identificados.
Até a noite deste sábado, 366 pessoas haviam sido resgatadas, sendo 221 funcionários da Vale e 145 terceirizados. Há 23 pessoas hospitalizadas. Ainda há 251 desaparecidos, de acordo com a Vale.
O trabalho de monitoramento da barragem 6 continua. As atividades de resgate foram suspensas às 20h e serão retomadas às 4h deste domingo (27).
Em número de mortos, a tragédia supera o desastre registrado há três anos em Mariana, também em Minas Gerais, quando a barragem de Fundão se rompeu e deixou 19 pessoas mortas.
Tragédia em Brumadinho
A barragem de Brumadinho, cidade localizada a cerca de 60 km de Belo Horizonte, se rompeu na tarde de sexta-feira (25). A tragédia deixou debaixo da lama boa parte das instalações do complexo Córrego do Feijão, que pertence à mineradora Vale do Rio Doce.
Na tarde deste sábado, agentes fizeram bloqueios na região por causa do risco de um terceiro rompimento da barragem — a mina é formada por três barreiras e duas delas romperam na sexta. A interrupção também foi realizada devido a chuva que atingiu o local.
Também hoje, familiares e amigos de vítimas da Mina do Córrego Feijão espalharam cartazes na praça principal da localidade de Casa Branca, a cerca de 15 quilômetros da área atingida. Escritos à mão, os cartazes acusam a Vale do Rio Doce de negligência. As cartolinas estampam frases como "o lucro é o que Vale", "a Vale mata", "a Vale não vale nada".