Uma barragem da mineradora Vale se rompeu em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), na tarde desta sexta-feira (25). Ainda não há confirmação sobre vítimas.
O caso ocorre três anos e dois meses depois do desastre registrado na barragem de Fundão, em Mariana (MG), no qual a Vale também esteve envolvida. Considerada a maior tragédia ambiental do país, a enxurrada de lama de 5 de novembro de 2015 deixou 19 mortos. Na ocasião, alcançou o Rio Doce, um dos mais importantes de Minas Gerais, até a foz, no oceano, matando milhões de peixes, anfíbios, répteis e aves marinhas.
Por ser uma das controladoras da Samarco, responsável pela barragem de Mariana, ao lado da anglo-australiana BHP Billiton, a Vale ainda responde nos tribunais pelo caso. Desde novembro de 2016, tramita na Justiça Federal de Ponte Nova (MG) uma ação criminal sobre a tragédia.
Em outubro de 2018, quase três anos depois do desastre em Mariana, a Samarco e o Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) firmaram acordo para indenização às comunidades atingidas pela lama. Na ocasião, a empresa afirmou que havia destinado, até o último mês de agosto, R$ 4,4 bilhões a ações de reparação e compensação pelos danos causados ao meio ambiente.
Nesta sexta-feira, a Vale mencionou, em nota, que sua "prioridade total", neste momento, "é preservar e proteger a vida de empregados e de integrantes" da comunidade de Brumadinho.