Há cinco anos, em maio de 2013, o Rio Grande do Sul acompanhou o fim dos antigos contratos de pedágio, assinados durante a gestão de Antônio Britto (à época no PMDB), em 1998. O marco da mudança foi a extinção da praça de Farroupilha, na RS-122, na Serra, concluída pelo então governador Tarso Genro (PT).
Até hoje, o fechamento do antigo posto de cobrança — cujas ruínas seguem no local — é celebrado na região, mas os moradores estão insatisfeitos com as condições da rodovia, que ficou aos cuidados do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer).
– O fim do pedágio foi uma vitória. O problema é o que veio depois. Ficamos abandonados – reclama o prefeito de Farroupilha, Claiton Gonçalves (PDT).
Moradores defendem que o trecho seja assumido pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), desde que as cancelas, naquele ponto, sigam abertas. É o caso de Juarez Colombo, que presidiu a Associação dos Usuários de Rodovias Concedidas do Rio Grande do Sul (Assurcon) no auge da polêmica dos pedágios.
– A EGR poderia ficar responsável pelo trecho, porque já tem praças na RS-122 em Portão e em Flores da Cunha. Isso chegou a ser falado na época em que a empresa foi criada, mas nunca aconteceu. Infelizmente, o Daer não dá conta – diz Colombo.
Em nota, o Daer informa que "está realizando serviços emergenciais (...) que consistem em manutenção asfáltica nos pontos críticos e roçada do segmento" e que, "após a renovação do contrato de conserva (em fase final), serão realizados novos serviços". Quanto ao que restou da praça de pedágio, o órgão projeta a retirada para "breve".