O diretor-presidente da CGTEE, Sereno Chaise, disse que encaminhou suspeitas de fraude na Usina de Candiota à Polícia Civil por estar insatisfeito com o andamento do assunto dentro da companhia.
- Foi determinada a demissão de dois, e nada aconteceu. As decisões aqui são de colegiado. Levei o caso para a Polícia Federal, que disse que era de competência da Polícia Civil. Entregamos na Regional de Bagé e agora está aí o resultado - declarou o presidente.
Clóvis Ilgenfritz (diretor financeiro da companhia):
Operação Policial combate fraude em licitações na CGTEE
As suspeitas de superfaturamento e fraude a licitação são antigas. Foram apuradas em sindicância e resultaram em processo administrativo-disciplinar (PAD). Segundo Sereno, os PADs sugeriram a demissão de duas pessoas, mas a diretoria financeira não teria acatado.
- Foi o Clóvis Ilgenfritz (diretor financeiro da companhia) que não demitiu. E ele não tem explicação para isso. Não cabia a mim. As decisões são de colegiado. Em Candiota, as pessoas foram afastadas do setor (almoxarifado), mas só isso. Não houve punições - ressaltou Sereno.
As sindicâncias apuraram fortes indícios de irregularidades. E a Delegacia Fazendária comprovou, por exemplo, que empresas fornecedoras de serviços à Usina de Candiota não existem. Além disso, havia constantes apontamentos da Controladoria-Geral da União (CGU).
Ilgenfritz nega fraudes na companhia. Enquanto a polícia fazia buscas na CGTEE, ele declarou à imprensa:
- Querem prejudicar a Eletrobras. Não podemos aceitar que venham vasculhar as coisas sem terem prova. O que pode ter, e qualquer empresa tem, são pequenos erros de encaminhamento. Não existe fraude nessa empresa, nenhuma das pessoas acusadas, e acusadas injustamente, foi posta para a rua.