Articuladores do governo federal trabalham para destravar o debate político no Congresso sobre as medidas de ajuste fiscal já encaminhadas e o orçamento para o ano que vem. Após reunião da equipe de articulação política nesta segunda-feira, o ministro-chefe da secretaria de governo, Ricardo Berzoini, disse que a aposta é no convencimento de que o pacote é a melhor alternativa para o Brasil, mesmo que acarrete em aumento de impostos.
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O ministro defendeu a manutenção do orçamento para o programa Bolsa Família. O relator do projeto do orçamento na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), sugeriu cortes de R$ 10 bilhões no programa.
- Há condições de fechar o orçamento sem recorrer a esta iniciativa - reforçou o ministro.
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O posicionamento é o mesmo manifestado pela presidente Dilma de forma pública na última semana.
- A posição do governo evidentemente é contraria porque nós acreditamos que este é um dos programas que fundamenta a proteção social - afirmou.
Esta semana o Planalto deve apresentar a terceira revisão, que deve reduzir ainda mais a meta fiscal para o ano. Segundo o ministro, a equipe econômica ainda não apresentou as revisões da meta e déficit, portanto o assunto não foi tratado na reunião.
O governo pretende fazer uma ofensiva com governadores. Na semana passada prefeitos estiveram com Dilma para tratar de sua fatia da CPMF em troca de apoio. O Planalto prepara agora um encontro com os chefes dos estados, que ainda não tem data marcada.
- Reunimos prefeitos. Vamos reunir governadores. Queremos um pacto de equilíbrio fiscal - argumentou Berzoini.