Taiara e Matheus abraçados, tristes e cabisbaixos foram destaque do Diário Gaúcho em 9 de julho de 2014 — dia seguinte ao 7 a 1, maior derrota da história da Seleção Brasileira. Mãe e filho acompanharam a partida entre Brasil e Alemanha (na verdade metade dela) na Fanfest da Copa do Mundo, instalada no Anfiteatro Pôr do Sol. No entanto, o que era para ser uma festa do início ao fim, virou tristeza. Em um piscar de olhos, o placar apontava 5 a 0. E ainda viria mais.
— Nunca mais teve jogo do Brasil na Copa com tantos gols assim, né? Foi muito marcante — comenta Taiara Grendene Brasil, mãe de Matheus Brasil Gomes.
— A Seleção mudou muito. Depois daquele dia, não tivemos muitos jogadores de tanto destaque. Hoje a gente tenta olhar, mas não parece mais a mesma coisa — diz Matheus, uma década depois.
Dez anos depois do 7 a 1, Zero Hora promoveu um reencontro de Taiara e Matheus com o espaço da Fanfest na orla do Guaíba. Desta vez vazio, claro, e não com a multidão que acompanhava a semifinal da Copa do Mundo em Porto Alegre. Embora um cenário diferente, mãe e filho ainda sentiam a energia da derrota histórica.
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— Vem tudo na memória. A gente chegando feliz, com um mar de gente aqui, no maior astral. E aí quando começou o jogo, gol atrás de gol. Sensação muito ruim — relembra Taiara.
Ela, de 46 anos, é representante comercial. Ele, aos 23, atua como programador de software. Criança na época, teve naquele dia a primeira oportunidade de acompanhar a Seleção em um evento com grande público. Decepção total.
— Era a primeira vez que eu estava em um evento para ver um jogo do Brasil. Sempre via pela TV ou ouvia pela rádio, mas aqui era mais realista. Mas, do nada, um gol atrás do outro, não parecia real. Foi frustrante, saí muito chateado — comentou.
Mesmo desolados com com 5 a 0 aberto pela Alemanha ainda no primeiro tempo, Taiara e Matheus tinham a esperança de ver pelo menos um gol brasileiro. No entanto, com a retomada do jogo e falta de perspectiva de melhora do Brasil, desistiram e deixaram o local. No fim das contas, eles jamais viram o 7 a 1.