O julgamento de Daniel Alves parece estar próximo de um desfecho. O Tribunal Provincial de Barcelona convocou todas as partes envolvidas no processo a comparecerem à corte nesta quinta-feira (22). A expectativa é de a sentença do jogador brasileiro seja anunciada. A informação é do jornal La Vanguardia.
A previsão inicial era de que o resultado do julgamento saísse apenas em março. A audiência está marcada para as 10h no horário local, às 6h pelo horário de Brasília.
Daniel Alves já foi comunicado da convocação. Neste momento, a logística para o transporte do Presídio Brians 2 à corte está sendo planejada. Foram convocados também Elizabeth Jimézez, promotora do caso, Ester García, advogada da vítima, e Inés Guardiola, advogada do brasileiro. O colegiado, formado por três juízes, será responsável pela sentença.
Como foi o julgamento
Acusado de agredir sexualmente uma mulher de 21 anos em uma casa noturna de Barcelona, na Espanha, Daniel Alves foi julgado de 5 a 7 de fevereiro. No total, 19 testemunhas foram ouvidas, entre policiais, funcionários da boate, além da vítima e pessoas próximas aos envolvidos.
O primeiro dia do julgamento teve o depoimento da mulher que acusa Daniel Alves. Ela teve a identidade protegida por um biombo para não ter contato visual com o jogador e preservar sua identidade. A fala durou 1h30min. Testemunhas foram ouvidas na sequência, com relatos que corroboram a versão da acusação.
Na segunda sessão foram ouvidos três amigos do jogador que estavam na casa noturna; três empregados da casa noturna; o advogado convocado por uma amiga da denunciante; 11 policiais, sendo um deles aquele que gravou o relato da vítima da suposta agressão do brasileiro com uma câmera na farda.
Joana Sanz, mulher de Daniel Alves, também depôs. A versão dela, dos amigos e do gerente mencionam o estado de embriaguez do jogador no dia do caso. Além deles, um sócio da casa noturna foi ouvido e chegou a dizer que a mulher confessou a ele que entrou no banheiro da boate de maneira voluntária, mas foi impedida de sair depois. No terceiro dia, em depoimento, Daniel Alves voltou a corroborar com a tese de que estava embriagado.
A pena máxima é de 12 anos de prisão, mas o Ministério Público pede 9 anos. A tendência é de que, se condenado, o jogador tenha, no máximo, seis anos de cárcere. As partes podem recorrer da decisão no Tribunal de Apelação, segunda instância do sistema judiciário do país.