Ocorre na manhã desta segunda-feira (5) o julgamento de Daniel Alves, na Espanha. O jogador é acusado de violência sexual contra uma mulher de 23 anos em uma boate de Barcelona. A autora da denúncia foi a primeira a depor, durante 1h15min.
Como previsto, ela depôs a portas fechadas, com a voz distorcida e sem contato visual com Daniel Alves, na 21ª seção da Audiência de Barcelona. A juíza Isabel Delgado Pérez preside o julgamento, acompanhada pelos magistrados Luís Belestá Segura e Pablo Diez Noval.
Logo após a fala vítima, teve início o depoimento das testemunhas. A primeira a falar foi Ana Matallana, amiga da denunciante. Ela trouxe detalhes sobre como tem sido a vida da vítima após o ocorrido.
— Ela é obsessiva com tudo. Não sai de casa. Ela acha que todo mundo está olhando para ela e tirando fotos. Não confia mais em ninguém — destacou.
Ela trouxe detalhes da noite em que o crime teria acontecido.
— Ele (Daniel Alves) teve uma atitude nojenta, colocou a mão nas minhas costas e quase tocou na minha bunda. Vejo que ele se aproximou dela (vítima) com a mesma atitude nojenta com que se aproximou de mim. Vejo ela tensa. Eles vão até uma porta e eu já a perco de vista — relembrou.
Posteriormente, a encontrou chorando de forma inconsolável:
— Nunca a tinha visto chorar assim na minha vida. Ela me disse que ele a "machucou muito".
Conforme Ana, a vítima hesitou em levar a denúncia adiante, temendo que fosse desacreditada.
Daniel Alves alega inocência, afirmando que a relação sexual foi consensual. A pedido da advogada, o brasileiro dará o seu depoimento ao final do julgamento, após terem sido escutados a vítima, testemunhas, peritos e outros profissionais envolvidos.