Em sorteio realizado nesta quarta-feira (21), na sede da Fifa, em Zurique, as seleções brasileiras conheceram seus adversários nos Jogos de Tóquio 2020. A Seleção Feminina estará no Grupo F, ao lado de China, Zâmbia e Holanda. Se por um lado as chinesas são velhas conhecidas, holandesas e zambianas enfrentarão o time brasileiro pela primeira vez em Olimpíadas.
A estreia do futebol feminino do Brasil será no dia 21 de julho diante da China, em Miyagi. Na sequência, o desafio será contra a Holanda, no dia 24, na mesma cidade, e fecha a fase de grupos contra a Zâmbia, em Saitama, no dia 27. Comandante da equipe, a sueca Pia Sundhage analisou as adversárias na caminhada pelo ouro olímpico e projetou confrontos de diferentes estilos durante a primeira fase da competição.
— A China é uma seleção técnica, também um time duro, coeso e agressivo, elas se estão se preparando muito para essa competição. A Holanda jogou a final da Copa do Mundo e sabemos que é um time muito bom, conhecemos todas as jogadoras porque já a vimos muitas vezes. A Zâmbia, que não sabemos muito sobre o estilo ainda e, por esse motivo, é até melhor que não a enfrentaremos no primeiro jogo, e sim, na última partida. Teremos a chance de saber um pouco mais sobre essa seleção africana, mas a minha experiência é que elas são sempre muito fortes, rápidas — destacou Pia Sundhage.
A sueca também analisou a preparação da seleção feminina para os Jogos Olímpicos e elogiou o período pré-olímpico, quando o Brasil terá a oportunidade de treinar com todo o elenco por algumas semanas antes da competição. Pia Sundhage ressaltou que, por mais que a equipe não tenha disputado jogos preparatórios na última data Fifa, a concentração pré-competição será uma grande oportunidade para afinar o plano de jogo.
Quando se fala de Jogos Olímpicos, a técnica da Seleção Brasileira tem um capítulo à parte na história da competição. A sueca esteve em todas as seis edições seja como jogadora, treinadora ou parte da comissão técnica. Nesses 25 anos, observou de perto a evolução do futebol feminino e, projeta em sua sétima participação, um maior nível técnico e tática das equipes.
— Essa será provavelmente a Olimpíada de maior qualidade técnica e tática. Pessoalmente estou muito feliz que nós estamos classificadas, mas também o Chile, porque precisamos aumentar o nível do futebol sul-americano e competir diante dos Estados Unidos e outras seleções europeias e asiáticas. A qualidade está aumentando todos os dias, e não tenho dúvidas que essa será a melhor Olimpíada nesse sentido — concluiu.