Já se vão 28 dias desde que Grêmio e Inter se enfrentaram pela segunda rodada da fase de grupos da Libertadores, em uma partida que ficou marcada por uma briga generalizada nos minutos finais. Desde então, os rivais gaúchos já foram julgados pela Conmebol, mas a entidade máxima do futebol sul-americano segue sem anunciar as punições. É verdade que o torneio acabou sendo adiado por conta da pandemia de coronavírus, mas o tempo de espera supera casos recentes de confusões generalizadas.
River Plate x Boca Juniors: cinco dias
Nos transtornos vividos no clássico argentino, pela final de 2018, a Conmebol levou apenas cinco dias para comunicar aos clubes sua sentença. Na ocasião, o ônibus do Boca Juniors foi alvo de pedradas e garrafadas quando chegava ao estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires. A medida adotada foi uma multa de US$ 400 mil ao River Plate, que ainda teve de mandar duas partidas com portões fechados na temporada seguinte. Além disso, a decisão acabou sendo transferida para Madri, na Espanha.
Huachipato x Grêmio: 11 dias
A agilidade também foi vista em 2013, quando atletas e componentes das comissões técnicas de Grêmio e Huachipato protagonizaram uma batalha campal após o confronto realizado no Chile. Apenas 11 dias depois, a entidade anunciou que o treinador gremista, Vanderlei Luxemburgo, acabou suspenso por seis jogos. Além dele, o ex-volante Emerson (então auxiliar técnico) pegou oito jogos, e o zagueiro Douglas Grolli, cinco. O Tricolor também foi multado em US$ 55 mil. Já o time chileno teve de pagar uma quantia menor (US$ 23 mil), tendo três jogadores, o treinador e seu auxiliar punidos com suspensões que variaram de uma a cinco partidas.
Estudiantes x Inter: 20 dias
O Inter também se viu envolvido em confusões na campanha do bicampeonato, em 2010. No jogo de volta das quartas de final, contra o Estudiantes, em Quilmes, atletas colorados trocaram socos com argentinos. Vinte dias após o incidente, o goleiro Lauro e o atacante Walter foram comunicados de suas suspensões - três e dois jogos, respectivamente. O mesmo foi aplicado ao zagueiro Desábato e ao goleiro Orión, do clube argentino, que ainda teve de arcar com uma multa de US$ 20 mil.
Peñarol x Palmeiras: 21 dias
A maior demora foi vista para a aplicação das multas por conta dos incidentes em Peñarol x Palmeiras, em 2017. Entretanto, apenas dois dias depois do jogo, a Conmebol anunciou a suspensão provisória de quatro atletas: Felipe Melo, do Palmeiras; Nahitán Nández, Matías Mier e Lucas Hernández, do Peñarol, todos por três jogos. No dia 12 de maio, a entidade anunciou a suspensão do volante palmeirense, que havia provocado os uruguaios, por seis partidas. No dia 17, a entidade ainda anunciou uma multa ao clube brasileiro no valor de R$ 250 mil. Ou seja, do dia do jogo até a última punição aplicada, foram contados 21 dias.