Com presença aguardada no Monumental de Nuñez no último sábado (24), o presidente da Fifa, Gianni Infantino, lamentou os episódios de violência que provocaram o adiamento da decisão da Libertadores e disse que não vai interferir no imbróglio que cerca a disputa entre Boca Juniors e River Plate. A partida ainda não tem data definida, sendo que o Boca pretende ficar com o título sem entrar em campo.
— Os eventos de sábado me entristecem. A violência não pode ter lugar no futebol, e a segurança e bem-estar dos jogadores, espectadores e juízes deve ser sempre a prioridade. É por isso que apoio totalmente as decisões tomadas pela Conmebol, os clubes as autoridades locais — disse Infantino em declarações ao jornal La Nación.
Na entrevista, o dirigente também negou qualquer tipo de pressão para que a partida fosse disputada no sábado, como chegou a ser noticiado na imprensa argentina. Por conta dos ferimentos de jogadores do Boca após o ônibus da equipe ser apedrejado na chegada ao estádio, a partida sofreu duas alterações de horários até que fosse adiada para domingo (25), quando sofreu nova postergação.
— Quero esclarecer, devido à série de falsos rumores disseminados, que não pedi em momento algum que a partida fosse disputada. Tampouco ameacei ninguém com punições disciplinares caso o jogo não fosse realizado — disse, ressaltando que a Fifa não vai interferir no episódio.
— Qualquer decisão sobre a partida passa pela Conmebol, nunca pela Fifa — ressaltou.
Vale lembrar que o imbróglio entre Boca e River Plate pode interferir no Mundial de Clubes, torneio que é organizado pela Fifa e será disputado em dezembro em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
A Conmebol se reunirá com os clubes nesta terça-feira (27) para tentar remarcar a decisão, mas o Boca promete bater o pé na alegação de punição ao rival, o que pode estender a indefinição.