Virou várzea a final da Libertadores. Ônibus apedrejado tem em todo o lugar, inclusive Gre-Nal, infelizmente. Mas não com tantas facilidades para a baderna, como contra a delegação do Boca Juniors. Punição? Sim. Muitos jogos de portões fechados. Um ano? Não é igual ao que fez a torcida do Boca nos jogadores do River Plate, nas oitavas de 2015, que resultou em eliminação sumária do Boca. Ali foi gás pimenta dentro do campo, no intervalo, no acesso ao vestiário.
O Boca posar agora de guardião da ética não cola. A lenda das arbitragens caseiras em seu favor rola solta no continente há décadas. Confusões graves recentes do gênero, não raro, envolvem clubes argentinos. Como o Lanús contra gremistas, no ano passado.
O Grêmio decidiu Libertadores na Colômbia em 1995. O Inter, no México, em 2010. Tudo em paz. Todos os estádios argentinos são deficientes, inclusive a mítica Bombonera e o Monumental de Nuñez. São majestosos só no nome. Não exibem padrão Fifa. O planejamento de segurança foi patético para um Superclássico.
Como permitir que o ônibus de um dos times passe a alguns metros dos barra-bravas? Bastava isolar as áreas do deslocamento. É por isso que seleção argentina não ganha nem torneio de canastra há anos. Está até sem técnico. A AFA segue sob intervenção. A FIFA deveria estudar sanções à Conmebol, por omissão, e ao futebol argentino. Que só volte a jogar Libertadores quando provar que tem condições.