O presidente do Boca Juniors, Daniel Angelici, anunciou neste domingo (25) que apresentou um pedido para o Tribunal de Disciplina da Conmebol punir o River Plate pelo ataque ao ônibus de sua equipe, no sábado (24), na chegada ao Monumental para a frustrada final da Libertadores. Angelici disse em coletiva de imprensa que aguarda uma decisão do Tribunal,"que é autônomo" da confederação sul-americana de futebol.
— Esperamos que (o Tribunal) revise sobre o expediente de 15 folhas que apresentamos com todos os relatórios médicos e policiais do que aconteceu — disse Angelici.
Ainda assim, o presidente do Boca garantiu que vai participar da reunião de terça-feira (27) ao lado do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, e do presidente do River, Rodolfo D'Onofrio.
— Os jogos se vencem e se perdem no campo, essa é minha postura pessoal, mas tenho a responsabilidade de ser o presidente do clube e por isso tenho que me aferrar ao estatuto — acrescentou o Angelici.
O Boca espera que o River seja punido com base do artigo 18 do Regulamento Disciplinar, que impõe castigos desde a dedução de pontos até a determinação do resultado de um jogo.
No sábado, torcedores do River Plate utilizaram pedras e gases para agredir o ônibus do rival na chegada ao estádio Monumental de Núñez. Vários jogadores, entre eles o capitão Pablo Pérez, ficaram machucados por conta dos cacos da janela quebrada e dos artefatos que entraram no ônibus.
Os incidentes fizeram a Conmebol atrasar o horário previsto duas vezes para tentar realizar a partida, esperando uma recuperação dos jogadores do Boca. Após horas de suspense e confusão, a confederação sul-americana confirmou o adiamento da partida para este domingo (25), às 18h pelo horário de Brasília.
O técnico do Boca Guillermo Barros Schelotto também participou da coletiva, destacando que seus jogadores "não estavam em condições de jogar nem sábado nem hoje (domingo)".
— Estávamos claramente em desvantagem esportiva. Tentei que a situação não superasse a concentração no jogo, mas era inevitável, estávamos desfocados ontem e estamos hoje — acrescentou.