O Santos não fez o dever de casa e só empatou na Vila Belmiro, com o Real Garcilaso, do Peru, em 0 a 0. Mesmo assim, chega às oitavas de final da Libertadores como o líder do Grupo 6, já que Estudiantes-ARG venceu o Nacional-URU por 3 a 1 no outro jogo do chaveamento, resultado que deu a segunda vaga ao time argentino. O sorteio da próxima fase será no dia 4 de junho, mas as partidas só serão disputadas no segundo semestre.
Diante de um público muito baixo na Vila Belmiro, em parte causado pela greve de caminhoneiros, que bloqueou estradas pelo Brasil, o Santos também apresentou pouco. Com dificuldades parar furar o bloqueio rival, cumpriu sua missão, mas não convenceu. Agora, as atenções se voltam para o Brasileirão. Domingo, no Pacaembu, o rival será o Cruzeiro.
O Santos mostrou os próprios contrastes nos primeiros minutos de jogo. Se foi o dono de 75% da posse de bola, como Jair Ventura gosta, sofreu em fundamentos básicos. De 21 cruzamentos, acertou apenas dois. Dos dez chutes a gol, oito foram para fora. Portanto, se o primeiro tempo foi do Peixe, foi também dos erros do Peixe. A bola rodou de pé em pé pelo Alvinegro. Dos laterais aos pontas, passando pelos meias e chegando até nos centroavantes improvisados - Rodrygo, Gabigol e Sasha se alternaram no meio do ataque. Mas, efetivamente, o time teve pouco brilho.
Embora fraquíssimo tecnicamente, o Garcilaso impôs um bloqueio defensivo que o Santos não soube furar. A melhor chance saiu dos pés de Sasha, que mandou um chute forte ao gol e viu o goleiro Morales espalmar. Livre na pequena área, Vitor Bueno não achou o ângulo para finalizar e desperdiçou a chance.
Jair optou por um time formado com Diego Pituca, Jean Mota e Vitor Bueno no meio-campo. Se os dois primeiros ficaram mais presos, Bueno tentou se soltar no meio-campo, mas foi mal. No começo da etapa final, acabou substituído por Yuri Alberto, por ter lesionado o tornozelo esquerdo.
No fim, o Santos tinha em campo cinco atacantes e apenas um meio-campista: Jean Mota. O camisa 3 foi o responsável por bom chute de pé direito de fora da área e levou perigo, mas a tônica do confronto não mudou: o Alvinegro seguiu com o controle das ações, mas se perdeu nos próprios erros. No fim, Jean também saiu com dores. Um chute colocado de Rodrygo aos 46 minutos poderia ter dado uma vitória ao Peixe, mas Morales impediu.