Foi de maneira bastante sofrida, mas o Estudiantes contou com uma noite de pura inspiração do atacante Juan Otero para se classificar na Libertadores. Marcando duas vezes após começar no banco de reservas, o camisa 7 do Pincharrata colaborou bastante para o 3 a 1 feito em cima do Nacional no estádio Ciudad de La Plata.
Logo aos três minutos de jogo, uma cobrança de escanteio encontrou a infiltração do meio-campista Paulo Zunino que, dentro da pequena área, testou para as redes e abriu a conta para ficar com uma grande vantagem pensando na classificação.
O gol assustou o Estudiantes e quase resultou no segundo dos uruguaios dois minutos depois, quando Gonzalo Bergessio recebeu passe livre de marcação e, com todo o ângulo, acabou batendo embaixo da bola e viu ela passar por sobre o travessão do experiente arqueiro Mariano Andújar.
Apesar de ser o mandante, era visível a dificuldade do Pincharrata em propôr a partida no aspecto técnico ou mesmo de manter a posse de bola. Resultado de uma marcação do Bolso que, se não era “sufocante”, era ajustada o suficiente para dar campo apenas aos zagueiros do time argentino.
Mesmo mediante as dificuldades do jogo, as melhores oportunidades do Estudiantes surgiram aos 33 e aos 34 minutos após cruzamentos vindos do lado esquerdo da grande área feitos por Sebastián Dubarbier. Enquanto no primeiro deles Facundo Sánchez dominou e bateu forte para a bola beliscar a trave esquerda de Esteban Conde antes de ir para fora, o segundo teve a finalização cortada em cima da linha pela zaga uruguaia.
Na volta do intervalo, a pressão do clube de La Plata aumentou consideravelmente e o Trico começou a não conseguir se fechar com a mesma eficiência do primeiro tempo. Depois de tanto apertar, o Pincharrata conseguiu um pênalti aos 16 minutos cometido por Carlos de Pena em Juan Otero, que entrou no lugar de Carlo Lattanzio.
Para a cobrança, o camisa 7 do Estudiantes bateu com força, no canto oposto de Conde, e deixou tudo igual no estádio Ciudad de la Plata.
O ânimo era total dos anfitriões e, sete minutos depois, a empolgação se transformou na virada. Em cruzamento vindo do lado direito do ataque que passou por Otero, Lucas Melano bateu cruzado e fez 2 a 1.
Parecia que a partida começaria a pender realmente para os donos da casa quando Bergessio acertou uma cotovelada no zagueiro Leandro Desábato e recebeu o segundo amarelo para, consequentemente, o vermelho. No entanto, o confronto ficou novamente igualado em jogadores quando Rodrigo Braña fez falta em Zunino e também acabou indo para o chuveiro mais cedo.
A classificação em pelo menos dois lances claros se ofereceu para o Estudiantes. Porém, a arrancada frente a frente de Melano resultou em um chute por sobre o travessão e, na oportunidade seguinte, Fernando Zuqui não contava com a intervenção de Conde.
Para a sorte e euforia dos torcedores locais, a arbitragem do paraguaio Mario Díaz de Vivar viu pênalti de Diego Arismendi em Mariano Pavone. Otero cobrou mais uma vez enchendo o pé e marcando o tento da classificação, 3 a 1, placar final.