Com as prováveis ausências de Rafael Santos Borré e Enner Valencia, que estarão a serviço de suas seleções um dia antes pelas Eliminatórias, o argentino Lucas Alario é o favorito para comandar o ataque do Inter no duelo de 11 de setembro diante do Fortaleza, pelo Brasileirão.
Será uma nova chance para o centroavante, que vive uma temporada aquém do esperado, embora tenha recebido uma série de oportunidades com Eduardo Coudet e entrado em três jogos sob o comando de Roger Machado.
O cenário reacende as expectativas em torno de um jogador que chegou ao clube com boa reputação, com um vínculo de dois anos, mas ainda não conseguiu se firmar como um dos principais nomes do time e o desempenho com a camisa colorada não correspondeu às expectativas.
El Pipa, contratado junto ao Eintracht Frankfurt por 500 mil euros (R$ 2,7 milhões), passou metade de 2023 afastado em razão de uma lesão no joelho — e este problema parece ainda estar lhe atrapalhando.
— Eu acho que o Alario não pode ser carta fora do baralho. Foi feito um investimento, a manutenção do atleta não é barata, há um contrato mais longo. O Inter precisa ter cuidado para não perder o jogador por não jogar, mas também não perder dinheiro em uma possível negociação — aponta Danny Morais, comentarista do Sportv e ex-jogador do Inter.
Em suas participações na temporada, o centroavante argentino teve atuações discretas. No Gauchão, demorou sete jogos até desencantar e balançar as redes diante do Brasil de Pelotas. Nas partidas seguintes, foi decisivo no Gre-Nal ao marcar o segundo gol colorado na vitória por 3 a 2 e no 2 a 0 diante do ASA, pela Copa do Brasil. Entretanto, a partir daí abriu um período de três meses de seca.
E olha que não faltaram oportunidades. Mas é verdade que também não uma houve sequência como titular. Lucas Alario tem 33 jogos em 2024, mas apenas 1.444 minutos em campo — tempo correspondente a 16 jogos completos.
Isso que as frequentes ausências de Borré e Valencia (seja por lesão ou convocação) deram espaço para o argentino. Entretanto, houve momentos em que ele também esteve machucado e Coudet precisou usar os jovens Lucca e Lucca Drummond.
— Ele fez gol contra o Grêmio em um giro legal, mas não conseguiu manter um nível de apresentação digno de ser o comandante de ataque do Inter — destaca Morais.
Os últimos gols de Alario foram marcados na mesma semana. Diante de Delfín e Real Tomayapo, nos jogos remarcados da fase de grupos da Copa Sul-Americana, quando os titulares do ataque estavam na Copa América, ainda em junho. Desde então, não marcou mais. No total são apenas cinco com a camisa colorada.
No início de agosto, sua saída do Beira-Rio foi cogitada e ele esteve envolvido em uma polêmica com um jornalista argentino. A publicação dizia que Alario teria se oferecido ao técnico Marcelo Gallardo, que estava retornando ao River Plate. O jogador respondeu em nota, garantindo seu foco no Inter.
Sob o comando de Roger Machado, o centroavante de 31 anos entrou em campo em cinco partidas. Nas últimas três, porém, ficou apenas no banco de reservas — justamente quando Borré foi fixado como único jogador de ataque e Valencia tornou-se a principal alternativa entre os suplentes.
Com essa possível nova oportunidade diante do Fortaleza, a expectativa é que Alario consiga finalmente se apresentar bem fisicamente e mostrar o seu melhor futebol.
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