Na prática, o Inter mudou pouco entre o time que ganhou o Gre-Nal da Arena, mas acabou eliminado do Gauchão, em 23 de março, e o que estreará na Copa Sul-Americana nesta quarta-feira, diante do 9 de Octubre, no Equador. Apesar de ter anunciado três reforços, a tendência é de que nenhum deles seja titular do técnico Alexander Medina na abertura da competição. O esquema também permanecerá o mesmo, com nomes já conhecidos e testados ao longo do Gauchão.
Dos três atletas já apresentados (Wanderson, Alemão e Carlos de Pena), os dois últimos estão na viagem. Mas não deverão começar jogando. Wanderson está com um edema na coxa direita e ficará em Porto Alegre fazendo tratamento.
Ao atacante que veio do Krasnodar, juntam-se a Cuesta (gastroenterite viral aguda), David (lesão na coxa direita), D’Alessandro (entorse no tornozelo direito) e Gustavo Maia (virose respiratória). Todos eles foram vetados da viagem. O meia Estêvão, destaque da equipe sub-20, que também receberia uma chance, não foi relacionado. Mas a razão para isso é burocrática: ele foi expulso na última partida Libertadores da categoria e precisa cumprir suspensão automática.
Nesse cenário, o time será parecido com o do Gre-Nal da semifinal do Gauchão. A zaga terá Kaique Rocha e Bruno Méndez. Liziero continuará na lateral esquerda, fechando pelo meio na hora de construir.
Haverá uma dupla de volantes, e aí está uma diferença para aquele jogo na Arena, no qual Edenilson foi o parceiro de Gabriel na função. Agora, não. Edenilson atuará mais adiantado, e o companheiro de Gabriel será Johnny.
À frente deles, abertos nas pontas, estarão Taison e Mauricio. Os dois serão responsáveis pela criação nas laterais. Assim, Wesley Moraes ganha mais uma chance como centroavante.
Em resumo, o Inter terá um lateral-esquerdo improvisado, mesmo que Paulo Victor e Thauan Lara estejam na relação. E, de certa forma, Edenilson também será deslocado de posição.
Neste período dedicado exclusivamente aos treinos, Medina gastou boa parte das atividades para solucionar um problema escancarado por ele mesmo: o repertório ofensivo. O treinador pediu intensidade aos jogadores no que chama de "último quarto" do campo — a zona de finalização, já nas proximidades da área. O objetivo é reforçar a necessidade de concluir e ter mais "fome" na hora de fazer gol.
Em 2022, o Inter teve o pior ataque na comparação consigo mesmo com os últimos Campeonatos Gaúchos. Foram apenas 14 gols em 13 jogos. Em 2021, marcou 30 em 15 partidas; em 2020 haviam sido 24 gols em 14 compromissos.