Embora o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RS) aguarde o desdobramento das investigações para decidir se oferecerá denúncia contra o Inter pelo incidente ocorrido antes do Gre-Nal, que deveria ter ocorrido no último sábado (26), o clube acredita que não sofrerá penalizações.
O principal argumento do departamento jurídico colorado é de que o apedrejamento ao ônibus do Grêmio, que feriu o volante Villasanti e mais dois atletas, ocorreu fora do Beira-Rio.
— O Inter tem total tranquilidade que cumpriu todo o protocolo que lhe cabia para a realização da partida, inclusive no aspecto da segurança. Este infeliz episódio ocorrido contra o ônibus do Grêmio foi fora do Complexo Beira-Rio, em uma área em que o Inter sequer poderia atuar. Então, trata-se de uma questão de segurança pública e não uma questão desportiva. Muito menos, exagerando nas possibilidades, com uma culpabilidade para causar perda de pontos ou protagonismo jurídico no campeonato. É algo que ninguém espera, nem mesmo a Federação (Gaúcha de Futebol) ou clubes envolvidos — destaca o vice-presidente jurídico do Inter, Guilherme Mallet.
Além disso, o dirigente afirma que o clube tem prestado auxílio às investigações para identificar os torcedores que arremessaram pedras contra a delegação gremista.
Ainda no sábado, inclusive, entregou imagens das câmeras de vigilância do estádio, que apontaram dois homens suspeitos. No entanto, ambos foram liberados por falta de provas, depois de terem sido levados ao Palácio da Polícia, na Capital.
— É importante destacar que é uma investigação a cargo da Polícia Civil e da Brigada Militar, que conta com total e irrestrito apoio do clube, como vem contando desde o início. O fato de que o delegado tenha entendido não haver elementos de convicção suficientes para proceder uma prisão preventiva não significa que as pessoas identificadas naquele primeiro momento não sejam os autores do fato. Então, a investigação vai continuar e pode contar com outros elementos de prova, inclusive testemunhais pelos próprios agentes de segurança pública que estavam no local, além de outros torcedores e filmagens que possam vir a surgir para buscar a identificação e responsabilização dos autores — conclui Mallet.
O episódio fez com que a FGF decidisse pelo adiamento do clássico, válido pela nona rodada do Gauchão, reagendando-o para o dia 9 de março.