O vice-presidente de futebol do Inter, Emílio Papaléo Zin, foi só elogios ao elenco colorado em entrevista à Confraria do Pedro Ernesto no Show dos Esportes, na Rádio Gaúcha. Para o dirigente, o grupo que está à disposição do técnico Diego Aguirre é suficiente e não deve nada para nenhuma outra equipe do futebol brasileiro.
— Não estamos em busca do atleta A ou B ou tampouco o preenchimento de alguma posição. Claro que estamos sempre abertos a uma negociação que atenda aos objetivos de qualidade e conveniência. Mas não é segredo para ninguém que as finanças do Inter estão recebendo um tratamento de choque do Conselho de Gestão, e isso impacta nas contratações. Não temos carência em nenhuma posição. Nosso elenco é de uma qualidade e variedade admirável, não deve a nenhum clube brasileiro na atualidade — destacou Papaléo.
O vice de futebol colorado confirmou que a negociação para a saída de Thiago Galhardo está bem encaminhada. Porém, ainda que o jogador tenha se despedido do clube por meio das redes sociais, o empréstimo para o Celta de Vigo ainda não está assinado. O desfecho da negociação, no entanto, só será oficializado pelo Inter quando estiver tudo assinado.
— Até onde sei, ele (Galhardo) está no Rio de Janeiro. Fez uma nota se despedindo. Mas não significa que está assinado. Formalismo seria a mera assinatura, mas ainda faltam detalhes. Está muito bem encaminhado, mas alguns detalhes ainda estão sendo encaminhados pelo nosso executivo Paulo Bracks — disse o dirigente.
Sobre os assuntos de renovação de contrato, como a de Paolo Guerrero, Papaléo preferiu não responder e afirmou que "está sendo tratada internamente". Questionado a respeito da possibilidade de retorno do público aos estádios, no entanto, salientou que acha difícil ter o controle para evitar problemas como em Belo Horizonte, que revogou a liberação dos torcedores nos estádios por descumprimento dos protocolos de segurança.
— Em tese, eu gostaria de ver o estádio repleto de gente. Faz uma diferença enorme, especialmente para nós, que temos uma torcida apaixonada. Mas é uma situação muito complicada. Não sabemos a extensão dessa variante delta. Como que nós vamos controlar a comemoração de um gol, por exemplo? E como vamos tratar o tema do sócio, que um poderá ir no jogo e outro não, pela limitação de público? São coisas muito difíceis de resolver. Também não temos controle do que se passa fora. É aglomeração em ônibus, em bares. Vimos que a experiência em Belo Horizonte não foi exitosa — ponderou o vice de futebol colorado.