
Passadas quatro rodadas do Brasileirão, o Inter apresenta uma campanha longe do ideal. Sem ter vencido nenhuma das partidas realizadas no Beira-Rio, a equipe conquistou apenas quatro pontos e tem a pior defesa entre os 20 participantes da Série A. Portanto, está mais do que claro que algo precisa mudar. GZH aponta cinco ajustes que podem ser feitos para que o Colorado volte a vencer.
Identidade de jogo
Antes de mais nada, é preciso estabelecer uma estratégia de jogo uníssona. Depois de adotar a marcação alta e a intensidade de Eduarco Coudet no início de 2020 e terminar atuando de forma reativa com Abel Braga, o elenco colorado abriu esta temporada com Miguel Ángel Ramírez tentando implantar o jogo de posição. Ou seja, a troca constante de treinadores tornou o Inter um time sem identidade. Quando o novo treinador desembarcar em Porto Alegre, será preciso apontar qual será o modelo de jogo a ser seguido, seja recuperando algo que já foi feito anteriormente ou trazendo uma nova cultura ao vestiário — nem que seja preciso dispensar alguns atletas que não se encaixarem na característica de jogo.
Potencializar o elenco
Por muito tempo, Ramírez insistiu em utilizar o sistema 4-3-3, mesmo tendo em mãos um elenco que não dispunha de ponteiros de velocidade e drible. Algumas vezes, inclusive, Yuri Alberto foi utilizado nesta função, apesar de ter comprovado na prática que rende melhor ao ser escalado como centroavante. Desta forma, será preciso adotar um esquema que potencialize o que existe no elenco ou, de uma vez por todas, sair em busca de reposições no mercado ou nas categorias de base.
Solidez defensiva
Independente do modelo de jogo, é preciso deixar uma situação muito clara: um time de futebol não pode ser vazado em todas as partidas. Com oito gols sofridos em quatro jogos, o Inter tem a pior defesa do Brasileirão. Esta situação passa, claro, pela marcação imposta pelos homens de frente, mas inevitavelmente estourará nos zagueiros. Não à toa, a direção busca um novo defensor no mercado, pois sabe que os jovens Lucas Ribeiro e Zé Gabriel são, neste momento, insuficientes.
Equilíbrio emocional
Nenhum outro clube teve mais jogadores expulsos que o Inter até agora: cinco. Pedro Henrique conseguiu a façanha de receber dois cartões vermelhos de forma seguida — contra o Fortaleza, pelo Brasileirão, e Vitória, pela Copa do Brasil. Portanto, está mais do que claro que este é um dos problemas que assombra o vestiário colorado.
E, ao mesmo tempo que o desequilíbrio emocional faz um zagueiro entrar de forma desmesurada em um adversário, provoca erros infantis quando o atacante devia empurrar a bola para o fundo das redes.
Construção ofensiva
De acordo com o site Footstats, o Inter executou 36 cruzamentos para a área do Atlético-MG na última quarta-feira (16). Destes, apenas seis tentativas foram acertadas. Ou seja, o time colorado precisa desenvolver outras formas de construir suas chances de gol a não ser levar a bola à linha de fundo e atirá-la de qualquer jeito para o centroavante.