
Em reformulação do plantel para a temporada 2021, o Inter se apega em análises e debates internos na busca por reforços e avaliações sobre renovações. O discurso da direção é de projetar a relação custo-benefício dos atletas antes de realizar qualquer investimento. O objetivo é reduzir os gastos salariais com o futebol.
A folha mensal já foi cortada em R$ 2 milhões segundo o executivo de futebol Paulo Bracks. A liberação de Uendel representou mais R$ 200 mil de alívio todo o dia 5, data dos pagamentos dos vencimentos no Beira-Rio. Ainda assim, o clube pode fazer mais cortes.
Na avaliação dos dirigentes, a cada liberação de jogadores um investimento semelhante poderá ser feito. O atacante Carlos Palácios, que está próximo de ser anunciado, receberá menos do que o lateral-esquerdo. O chileno assinará com o Colorado pelas próximas temporadas e espera-se rendimento dentro de campo para uma futura negociação ao Exterior. A aquisição, que será quitada em quatro parcelas nos próximos anos, custará cerca de U$$ 2,5 milhões (R$ 14,1 milhões, aproximadamente, na cotação atual).
O debate interno sobre as renovações de Rodinei e Abel Hernández já foi iniciado. Ambos são considerados caros e não há certeza sobre o aproveitamento como titulares. Por isso, as renovações, de acordo com as diretrizes estabelecidas, ainda não estão garantidas. No caso do lateral, ainda será preciso negociar com o Flamengo.
O principal investimento a ser confirmado no meio do ano será o de Taison. O atacante ídolo do clube, mesmo que não seja negociação com tendência de revenda, deve ser oficializada nos moldes de salário elevado, mas com retorno em campo. Acredita-se que o jogador de 32 anos elevará o patamar do time.
O termo teto salarial é descartado pela direção. No entanto, os vencimentos de Taison deverão ser dos maiores do clube, no mesmo patamar de Paolo Guerrero.
A negociação para repatriar o campeão da América em 2010 será exceção no planejamento. Dificilmente algum atleta deste porte seja buscado nas próximas janelas, já que a ideia é buscar performance dentro de campo com boas campanhas, títulos e, posteriormente, venda de ativos. É desta forma que a gestão Barcellos aposta no sucesso esportivo para sanar o Inter financeiramente no triênio 2021-2023.