O Inter e Miguel Ángel Ramírez dependem da obtenção de documentos brasileiros para que o espanhol seja registrado junto à CBF e tenha condições de comandar o time à beira do gramado no domingo (14), contra o Ypiranga. O Boletim Informativo Diário (BID), sistema digital no qual os profissionais do futebol têm sua atividade autorizada, exige cópias do contrato assinado, do CPF, do passaporte e da carteira de trabalho (CPTS) para validar o registro.
O registro no BID sinaliza que Fábio Matias, técnico do sub-20 e que comandou o Inter nas três primeiras rodadas do Gauchão, não será o comandante colorado na quarta rodada do Gauchão. Ontem, o nome de Osmar Loss, auxiliar permanente da comissão técnica, foi registrado no BID.
Loss começou a carreira nas categorias de base do Inter em 2006. Chegou a comandar de maneira interina o grupo principal em 2011 e foi para o Corinthians em 2013. Voltou após a saída de Eduardo Coudet, em novembro de 2020. Ele é o plano B caso a documentação e o registro de Miguel Ángel Ramírez não sejam recebidos a tempo pela CBF. O prazo final é as 18h da sexta-feira (12).
A reportagem consultou o departamento jurídico do Inter, mas não obteve informações sobre o andamento do processo. Por não vir de um país membro do Mercosul (Paraguai, Chile, Uruguai ou Argentina), há uma demora maior na produção da CTPS de Ramírez.
Na última terça (9), em entrevista ao Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha, o vice-presidente de futebol João Patrício Hermann já alertava para a eventual demora nos registros do técnico estrangeiro. Ramírez começou a trabalhar com o grupo principal na tarde daquele dia.
Caso não possa estrear diante do Ypiranga, o primeiro jogo de Ramírez deverá ser contra o Novo Hamburgo, no dia 21.