A nova gestão do Inter, liderada pelo presidente Alessandro Barcellos, trabalha para aumentar a utilização de jogadores formados na categoria de base colorada. Durante as três primeiras rodadas do Campeonato Gaúcho, o time sub-20 representou o clube e passou por avaliações da nova comissão técnica do grupo principal e do departamento de futebol.
Com o início de trabalho de Miguel Ángel Ramírez à frente do grupo profissional, a dúvida que fica é quais os jogadores que foram aprovados e quais que precisarão de mais tempo antes de serem promovidos. De acordo com o Inter, a inclusão do goleiro Vitor Hugo, do lateral Lucas Mazetti e do meia Lucas Ramos no site do clube, como integrantes do plantel principal, não passou por essa primeira análise.
Os atletas de linha já treinavam e praticamente pertenciam ao elenco principal desde a temporada passada. Sob o comando de Abel Braga, os jogadores já eram inclusive relacionados para partidas do Campeonato Brasileiro. Mazetti, por exemplo, entrou na partida contra o Corinthians, na última rodada do torneio nacional.
Já o goleiro Vitor Hugo subiu por um processo de formação. Os goleiros da base, geralmente, sobem um pouco antes para que se acostumem com os treinamentos diferentes, em comparação com os da base. Além disso, os empréstimos dos goleiros Keiller, para a Chapecoense, e de Emerson, para o Figueirense, abriu uma lacuna a ser preenchida no plantel.
De acordo com o diretor geral das categorias de base do clube, Felipe de Oliveira, o processo de promoção dos jogadores partirá da demanda pedida pelo profissional. Segundo ele, isso deverá ocorrer durante a temporada.
— É uma avaliação que partirá totalmente do Ramírez e do departamento de futebol profissional do clube. Os atletas que aparecem no plantel principal já vem trabalhando lá desde o ano passado. Não nenhuma definição sobre quem será utilizado ou não. Isso dependerá da demanda do profissional durante a temporada. Não há prazo para isso — informou.
No início da tarde desta quinta-feira (11) o Inter apresentou o novo gerente executivo das categorias de base. Gustavo Grossi veio do River Plate para implantar uma nova filosofia no celeiro colorado. O argentino de 45 anos tem como missão diminuir a distância entre os jovens e os profissionais, primando mais pela revelação de jogadores e menos pelas conquistas.
— Gosto da vitória, mas não de qualquer forma. Se o treinador for campeão fora da ideia de jogo do Inter, acho que ele tem que ir embora. Se ele jogar bem, jogar no nosso estilo e dar uns três jogadores ao time, acho que é um campeão do mundo. Quero ganhar, cheguei aqui com muitos torneios conquistados, mas com uma ideia de jogo, com uma ideia de educação. Não vou fazer de qualquer maneira, eles vão ter que respeitar a ideia de jogo, o DNA que têm os atletas e aí sim vamos ganhar, sem a pressão de ganhar a qualquer forma. Aqui no Brasil, a vitória na base é considerada muito importante, mas é uma alegria que dura cinco minutos, se ganha no profissional é um equilíbrio entre todos por muito tempo — comentou Grossi.