A sorte sorriu para o Inter no feriadão. As vitórias do Palmeiras e do São Paulo nos mantiveram na liderança, e a possibilidade do título simbólico de campeão do turno voltou a ser bem viável.
Normalmente, o Brasileirão é um campeonato bastante instável. Na pandemia, isso ficou ainda mais claro: o mesmo Flamengo que mostra enorme musculatura levou quatro, e o Atlético-MG foi goleado por um Palmeiras que há pouco não metia medo em ninguém. O Réver correu atrás do Zé Rafael como o coiote buscando o Papa-Léguas, mostrando que não é só o Inter que sofre com as defesas adiantadas em um contexto de precariedade física. Menos mal.
Isso não quer dizer, porém, que a má atuação contra o Corinthians é apenas um acidente de percurso. Precisamos ser mais tolerantes com o time pelo contexto, mas dá para mudar para melhor.
A defesa, por exemplo, pode ficar um pouco mais protegida se os dois laterais não subirem ao mesmo tempo. Também é possível aproveitar melhor o Peglow, que consegue vitórias pessoais interessantes, pelo lado direito. Depois que Saravia saiu, perdemos muita capacidade de drible por ali.
Volta, Cuesta!
Tenho batido muito no zagueiro argentino, mas é por saber que ele joga mais do que isso. Eu quero o Cuesta de 2019 de volta, e a partida contra o Atlético-GO pode ser uma excelente chance para ele ganhar confiança.
O Inter deve escalar um time misto, para descansar bem a equipe titular e buscar os pontos perdidos contra o Coritiba no Beira-Rio. Se o camisa 15 fizer o simples, já será o suficiente para garantir um resultado seguro contra os goianos.