A direção do Inter classifica como natural a divergência entre o técnico Eduardo Coudet e o diretor executivo de futebol Rodrigo Caetano, em relação à qualidade do grupo e à necessidade de reforços. Para o vice-presidente do Conselho de Gestão, Alexandre Chaves Barcellos, é normal o treinador querer mais contratações e o executivo ter responsabilidade na hora de gastar.
— Não existe crise alguma. É algo absolutamente natural o treinador querer mais jogadores. E o Rodrigo está cumprindo as diretrizes do Conselho de Gestão, pois cabe a nós gestores trabalhar dentro dos limites e do orçamento do clube, que perdeu receitas que não serão recuperadas — avalia Alexandre.
Após a vitória sobre o Atlético-GO, na terça (3), pela Copa do Brasil, Coudet mais uma vez reclamou da falta de reforços e das limitações do elenco. Na sequência, foi rebatido por Caetano, que elogiou o grupo e ressaltou a necessidade de o time utilizar os garotos.
Para Alexandre Chaves Barcellos, a divergência é normal e só veio à tona por uma diferença cultural entre o futebol argentino e o brasileiro.
— Se tem como habitual aqui manter essas questões de forma interna, não levar para o grande público. O Coudet vem de uma cultura diferente, da Argentina. Isso é preciso ser entendido — completa.
O vice-presidente ainda elogia tanto a qualidade do grupo de jogadores como o trabalho de Coudet.
— O nosso grupo é qualificado. Somos líderes do Brasileirão, estamos nas quartas de final da Copa do Brasil e nas oitavas de final da Copa Libertadores. Sempre que os jogadores se manifestam sobre o treinador é de forma elogiosa. Penso que estamos fazendo um grande campeonato e revelamos uma grande quantidade de ativos, o que também é fruto do trabalho do treinador — finaliza.