O Inter segue aguardando a liberação das atividades coletivas no CT Parque Gigante para intensificar a sua preparação visando o retorno das competições. Com previsão para o início do Brasileirão marcado para o dia 9 de agosto, o elenco colorado segue trabalhando a parte física, sob o comando do preparador físico Octavio Manera, e realizando atividades com bola, em pequenos grupos, sob os olhares do técnico Eduardo Coudet.
Traçando um plano para estar em condições físicas e adequadas e com o mínimo de trabalhos coletivos realizados, o departamento de futebol, em conjunto com a comissão técnica, prevê a necessidade da liberação das atividades coletivas em no máximo 15 dias antes da re-estreia por competições oficiais.
Fora da realidade do rotina de atividades do Inter, mas com experiência de ter trabalhado na preparação física do Cruzeiro-RS, o preparador físico Bruno Victor explica que o período projetado pelo Inter pode não ser suficiente para a preparação completa de seu elenco.
— O próximo passo agora seria começar a realizar treinos com contato e oposição (marcação), atividades que exijam capacidade de concentração e tomadas rápidas de decisões. O ideal é que seja dado um tempo mínimo de 20 dias para a comissão realizar essa transição e consiga construir uma carga crônica baseada em ações específicas — comentou.
O educador físico também comenta que, apesar do longo tempo de atividades individuais voltadas para o recondicionamento físico e trabalhos com bola em pequenos grupos, haverá uma mudança radical nos trabalhos propostos pela comissão técnica colorada.
— A preparação física está muito atrelada a aspectos integrados em situações de jogo. Por conta das condições impostas pelas autoridades, isso fica inviabilizado. Em dois meses, o que se pode fazer é tentar aprimorar as condições fisiológicas dos atletas, porém esse tipo de treino por si não constrói cargas específicas do jogo, não são estímulos que deixam os jogadores com plenas condições de atuarem 90 minutos em uma partida de alto nível — explicou Bruno, que completou:
— Um jogo profissional exige desempenho físico, concentração nas ações e acertos técnicos e táticos sob oposição intensa do adversário, quando trabalhamos em pequenos grupos e sem contato isso não ocorre. Pela extensão dessa etapa de treinamentos eu creio que o grupo de jogadores vem apenas realizando treinos de manutenção, uma vez que a forma física ideal foi atingida após quatro ou cinco semanas de treinos.
Caso não haja novidades nas flexibilizações por parte das autoridades do Estado e do Município nesta semana, a tendência é de que o Inter saia do Rio Grande do Sul para realizar a transição das atividades individuais para as coletivas e simulações de jogo. O presidente do Avaí, Francisco Battistotti, em entrevista à Radio Gaúcha no domingo (5), colocou o CT do clube à disposição, caso o Inter se interesse por realizar os treinamentos em Florianópolis.