Custou, mas Nico López firmou-se definitivamente no Inter. Sob o comando de treinadores como Argel, Paulo Roberto Falcão, Celso Roth, Lisca, Antônio Carlos Zago e Guto Ferreira, o atacante uruguaio, contratado em julho de 2016, esteve longe de ser o jogador essencial para a equipe como tem sido hoje. A afirmação só veio com Odair Hellmann, depois de um começo difícil. Para o jogador, presença certa no jogo desta quinta-feira (15), contra o América-MG, pesou, além da questão técnica, a amizade, traduzida na forma da paciência do treinador para encontrar seu melhor espaço dentro do campo.
— Ele falou muito comigo, assim como outros jogadores. É um baita treinador e parceiro. Você pode chegar nele e falar. Me ajudou, assim como o Maurício (Dulac, auxiliar técnico) Muitos me apoiaram. Hoje, só agradeço — reconheceu Nico, em entrevista coletiva.
A identificação de Odair com o clube é ressaltada pelo jogador. Por ser uma cria do clube, o técnico teve condições de descobrir jogadores na base, como o lateral-esquerdo Iago.
— Ele trabalha aqui, é colorado doente. Não gosta de perder. Conhece muito o pessoal da base. É um cara parceiro, que nos ajuda muito — elogia Nico, autor de nove gols no Brasileirão.
Odair devolve os elogios. Para o técnico, é a polivalência que transforma o jogador, de 25 anos, em um jogador diferenciado para o rendimento do ataque.
— Nico pode jogar nas duas funções (como ponta aberto ou atacante centralizado) — aponta Odair, que fala na estratégia de convencimento para que o uruguaio desempenhasse até mesmo funções que não o agradavam. — No início, tinha restrição para jogar pelo lado por estar jogando há muito tempo solto, como um atacante nas duas linhas de quatro. Conseguimos mostrar para que tinha capacidade para fazer o corredor e flutuar para dentro. Ele teve confiança para isso. É um segundo atacante ou armador, está adaptado e concentrado.