Tem algumas coisas que me enlouquecem no futebol e suas regras. Bola na mão e mão na bola não são a mesma coisa. Sim, são, mas na regra esse gesto se torna interpretativo.
Se o braço estiver colado no corpo, não é infração. Mas aí é que vem a minha pergunta: alguém já viu algum jogador com o braço desgrudado do corpo? Eu não, mas está na regra.
Daí, o juiz escolhe se dá ou não o pênalti naquele momento em que o zagueiro quase enforca o atacante na hora do escanteio, gerando reclamações e atritos durante a partida. Aquele agarra na área é uma várzea.
Tenho amigos que defendem até o lateral com o pé, como no futsal. Sustentam que a partida ganharia em emoção, e a bola seria menos jogada para fora.
Mas, por enquanto, vamos cumprir a regra vigente, e nela está escrito que todos os atletas terão de permanecer com o uniforme durante toda a partida. Os patrocinadores querem que eles estejam até depois do jogo usando-o, pois ali estão os apoiadores que ajudam a pagar aquelas contas muitas vezes milionárias dos atletas.
Só mesmo com punições que mexam no bolso é que os jogadores pensarão melhor antes de arrancar a camiseta na hora da comemoração do gol e, com isso, levar um cartão de graça, comprometendo todo o planejamento.
Só no Carnaval
Se tirar a camiseta e levar um cartão custasse R$ 10 mil para a caixinha dos atletas, tenho a certeza de que ninguém mostraria o abdome definido depois de marcar um gol.
Lembrem os jogadores de que só durante o Carnaval é que está liberado ficar sem camisa. No jogo, é cartão amarelo. Se já tem cartão, é rua. Como diria o Arnaldo Cézar Coelho, a regra é clara: NÃO PODE TIRAR A CAMISETA.