A Polícia Militar do Tocantins confirmou no início da tarde desta terça-feira (24) a quarta morte em razão do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, ocorrido no último domingo (22).
As vítimas localizadas são duas mulheres, de 25 e 45 anos, sendo uma delas a motorista do caminhão com ácido sulfúrico, além de uma criança de 11 anos e um homem de 42 anos, motorista de outro caminhão.
A ponte de 533 metros, sobre o Rio Tocantins, que liga Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), cedeu parcialmente, atingindo, ao todo, 10 veículos, entre carros, caminhões e motocicletas. 13 vítimas, incluindo duas crianças, seguem desaparecidas.
O Corpo de Bombeiros Militar informou que as buscas "continuam intensas".
"O CBMMA está mobilizado, atuando com efetivo especializado e equipamentos adequados para maximizar os esforços na localização de vítimas", publicou o órgão no Instagram.
A ponte foi construída com estrutura de concreto armado e inaugurada em 1960 para ligar os dois Estados através das cidades de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO).
A estrutura faz parte de um eixo rodoviário importante para a região Norte, por ser ponto de travessia das rodovias BR-226 (Belém-Brasília) e BR-230 (Transamazônica).
76 toneladas de ácido sulfúrico caíram no Rio Tocantins, diz ANA
Três caminhões que transportavam 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, um produto químico corrosivo, caíram no Rio Tocantins devido à queda da ponte, de acordo com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Segundo a agência, por precaução, o Maranhão já orientou a suspensão da captação de água para abastecimento público nos municípios banhados pelo rio Tocantins que ficam abaixo do desabamento no curso do rio, na direção em que a água flui, até que se determine que a pluma (massa) de contaminantes tenha se diluído e não ofereça perigo ao consumo da água.
Para avaliar a qualidade de água do rio, a ANA, junto à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (Sema/MA), coleta amostras de água em cinco pontos desde a barragem da usina hidrelétrica de Estreito até o município de Imperatriz. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb/SP), referência em análise de qualidade de água no Brasil, vai ajudar nas análises.
De acordo com a ANA, 19 municípios podem ter sido impactados. São eles: Aguiarnópolis, Carrasco Bonito, Cidelândia, Esperantina, Itaguatins, Maurilândia do Tocantins, Praia Norte, Sampaio, São Miguel do Tocantins, São Sebastião do Tocantins, Tocantinópolis, Campestre do Maranhão, Estreito, Governador Edison Lobão, Imperatriz, Porto Franco, Ribamar Fiquene, São Pedro da Água Branca e Vila Nova dos Martírios.