A gurizada do sub-23 quer aparecer para Odair Hellmann e, de quebra, terminar a temporada com taça. Às 17h deste domingo, a equipe comandada por Ricardo Colbachini entra em campo diante do Santos pela final do Brasileirão de Aspirantes, na Vila Belmiro.
A vantagem construída no jogo de ida, no Beira-Rio, dá uma certa tranquilidade ao time gaúcho. O 3 a 1 faz com que o Inter possa perder por até um gol de diferença que, ainda assim, voltará a Porto Alegre com o troféu da primeira edição da competição – não há gol qualificado. O Esporte Interativo anuncia transmissão.
O adversário impõe respeito pela campanha. Até cruzar com o Inter nas finais, o time comandado por Kleiton Lima venceu todas as partidas. E mais: sempre fez dois gols até o jogo de ida no Beira-Rio.
Foi assim na estreia com o Atlético-PR (vitória por 2 a 1), Botafogo (2 a 1), Grêmio (2 a 1) e Atlético-MG (2 a 0), e nos dois jogos da semifinal contra o São Paulo, em que venceu por 2 a 1 e 2 a 0.
Números que fazem Igor Bohn redobrar a atenção. O goleiro de 21 anos está entre os destaques da equipe, principalmente por conta da semifinal, quando pegou um pênalti com a bola rolando e outros dois, nas disputas em que definiu o Inter como finalista. Na final, também foi muito bem.
— Estamos treinando bastante para esta final. Vimos que a característica do Santos é impor muita velocidade dos extremas e a bola parada. Consegui fazer boas defesas também, e o time todo impediu que eles fizessem o segundo gol, algo que fazem desde o início da competição — conta o goleiro, que treina no grupo profissional sob o comando de Daniel Pavan desde abril e esteve no banco de reservas em cinco partidas.
Pegar pênalti, a propósito, é uma das virtudes de Igor desde quando chegou ao Inter, aos 11 anos. A experiência como zagueiro, talvez por conta do tamanho – mede 1m93cm – quando ainda estava em formação em Panambi, sua cidade natal, só serviu para reforçar que o gol era o seu caminho.
— No início, me viram como zagueiro. Cheguei a jogar uma competição. Mas eu era muito ruim mesmo — lembra o goleiro.
Para 2018, o Brasileirão de Aspirantes deve mudar de fórmula justamente por ter sido amplamente aceito. Dividido em grupos, a competição pode ser tornar semelhante ao que já se disputa no profissional, com pontos corridos e ampliando o número de partidas. A liberação para usar até três atletas acima de 23 anos será mantida. E pode ter o Inter como o campeão a ser batido.