Têm fundamento as inquietações geradas pela queda do avião em empresários de Gramado, segundo o coronel da reserva da Brigada Militar, Cesar Santarosa, que hoje atua como instrutor de voo por instrumentos do curso de Ciências Aeronáuticas da PUCRS. Conforme a coluna registrou ontem, eles querem saber se são necessários equipamentos adequados no aeroporto de Canela, de onde a aeronave decolou, e quais as lacunas subjetivas que podem deixar para o piloto uma decisão que talvez não deva ser só dele.
- A decisão fica a critério do piloto quando o aeroporto não possui órgãos de controle. E Canela, pela importância e pelo volume de aeronaves que pousam e decolam, merece equipamentos semelhantes ao que existe no aeroporto de Caxias do Sul, uma radio para coordenar e dar mais suporte aos voos. Se tivesse torre funcionando lá em Canela, com certeza aquele piloto não decolaria naquelas condições - diz o coronel.
Também ex-secretário Estadual da Segurança Pública, Santarosa tem habilitação para 10 tipos de avião, seis tipos de helicóptero, seis mil horas de voo e habilitação de piloto de linha aérea. Ele também atuou por 15 anos no Batalhão de Aviação da Brigada Militar.
Outros pontos levantados por Santarosa, que a investigação vai apurar:
- Choveu à noite e a aeronave pernoitou no pátio. Foi verificado se precisava drenar os tanques de combustível?
- Qual a urgência de decolar com visibilidade tão baixa?
- Por que a aeronave não ganhou altura?
- Será que um dos motores apagou?
- Será que o piloto (o empresário Luiz Galeazzi) tinha treinamento para aeronave em condição monomotor? A aeronave estava pesada.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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