Está clara a estratégia da direção de segurar os investimentos na arrancada do ano e aproveitar o Gauchão para observar o que tem no vestiário. Argel abraçou a causa, embora ele também saiba que em breve será preciso colocar um adulto do meio para a frente para cuidar dessa gurizada.
Quando o grau de exigência dos adversários aumentar, haverá exigência de um pouco mais de rodagem. Mas até isso acontecer, o técnico lança com cuidado as caras novas. Ele sabe como poucos o quanto é difícil essa transição da base para o time de cima. Em 1992, Argel era o Alissons Farias, o Aylon e o Ferrareis da hora.
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O Cruzeiro é limitado e precisará empreender uma recuperação a jato para escapar do rebaixamento. O que não diminui a atuação de Anderson. Ele já havia enfrentado adversários várias vezes e se repetia em atuações fraquíssimas.
No sábado, Anderson foi próximo do meia que o Inter imaginava ter trazido do Manchester United. Movimentou-se do meio para a frente, buscou o jogo, chutou, deu passe para gol. Deu sinal de vida. Foi sua melhor atuação pelo Inter - embora ele aponte o Gre-Nal como seu ponto mais alto.