O Grêmio está próximo de acertar a contratação de Pedro Caixinha. O treinador português deve assumir o comando do seu terceiro clube sul-americano consecutivo. Ele é conhecido pelas características ofensiva dos seus times, e usa de estratégias semelhantes na montagem do sistema defensivo das suas equipes. O setor foi muito criticado no Tricolor nas últimas três temporadas na Série A.
Caixinha é treinador desde o começo da década passada. Acumula passagens por União de Leiria e Nacional, de Portugal; Santos Laguna e Pachuca, do México; Al-Gharafa, do Catar; Rangers, da Escócia; Al-Shabab, da Arábia Saudita; e, desde 2022, na América do Sul, por Talleres, da Argentina, e Bragantino.
Nos dois últimos clubes, a opção foi pelo esquema predileto do técnico: o 4-2-3-1. O ímpeto ofensivo é apontado como algo primordial. O posicionamento na fase defensiva era o 4-2-4 para tentar recuperar a bola com pressão.
Foram poucas as ocasiões que ele optou pela alteração da formação para três zagueiros ou uma linha de cinco. Ele justifica a alternativa principalmente em duelos específicos.
— A decisão (de atuar com três zagueiros) teve mais a ver com a capacidade de construção desde trás. São três zagueiros que têm muita qualidade na saída de trás. Hoje não aconteceu isso. Não conseguimos encontrar essa saída desde trás. Depois, queríamos ter também a possibilidade de toda a amplitude do campo, com os três meias. Era uma decisão, em termos de posicionamento, que entendíamos que estávamos confiantes em que podíamos ter resultado. Não resultou, tenho que assumir — disse Caixinha, em coletiva, após perder para o Água Santa, de Thiago Carpini, pelo Paulistão, em 15 de fevereiro de 2023.
Tanto o Bragantino quanto o Talleres do técnico português tentavam sair jogando desde o tiro de meta. Os dois zagueiros tinham a companhia de um lateral ou volante para executar a saída de três. O goleiro Cleiton, capitão do clube paulista em 2024, também tinha liberdade para trocar passes.
No total, no interior paulista, o português teve 124 partidas com 50 vitórias, 36 empates e 38 derrotas. 181 gols foram marcados e 146 sofridos, média superior a um por confronto.
O vazamento gremista nas últimas três participações na Primeira Divisão preocupa. O clube gaúcho sofreu mais de 50 gols em cada edição (51 em 2021, ano do último rebaixamento, 56 em 2023, na campanha do vice-campeonato, e 50 em 2024). Por exemplo, o Bragantino de Caixinha levou 35 gols no Brasileirão do ano passado e, até a saída do treinador na edição deste ano, na 31ª rodada, tinha tomado 40.
Depois de concluir as tratativas pelo novo técnico, o departamento de futebol avançará por negociações. No mínimo, dois zagueiros e um lateral para cada lado deverão ser buscados para a próxima temporada. Além dos aposentados Geromel e Fabio, Rodrigo Caio, Mayk e Reinaldo devem sair. Há possibilidade de outro volante ser anunciado em janeiro a partir do aprofundamento da avaliação do elenco pelo profissional europeu.
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