O último dia útil da semana deverá marcar o fim da espera. Após o acerto salarial entre as partes, a diretoria gremista está fechando os detalhes nas cláusulas do contrato para anunciar nesta sexta-feira (20) o português Pedro Caixinha como o sucessor de Renato Portaluppi.
Desde que foi desligado do Bragantino, no fim de outubro, o profissional retornou a Portugal. O fuso horário de três horas em relação a Porto Alegre foi um dos fatores que fez o acerto demorar um pouco mais do que o esperado. Porém, a oficialização do retorno do preparador físico Rogério Dias à Arena foi o indício final de que o acerto está encaminhado.
Sem o grego Polyvios Kyristis, que atuava na mesma função de Rogerinho em Bragança Paulista — mas se desligou da equipe de Caixinha —, a comissão técnica deverá ser formada pelo auxiliar português Pedro Malta e pelo preparador de goleiros espanhol José Belman.
Aos 54 anos de idade, o técnico terá no Grêmio o 10º clube em seu currículo como treinador principal. Depois de ter sido auxiliar de José Peseiro no início dos anos 2000, aventurou-se em carreira solo, passando por União Leiria e Nacional da Ilha da Madeira, em Portugal, Santos Laguna e Cruz Azul, no México, Al-Gharafa, no Catar, Rangers, na Escócia, Al-Shabab, na Arábia Saudita, e Talleres, na Argentina, até viver sua primeira experiência em solo brasileiro.
A passagem pelo clube do interior paulista nas duas últimas temporadas despertou o interesse de outros times locais, incluindo Santos e Vasco. Entretanto, como o próprio treinador atestou em entrevista recente ao jornal O Globo, aguardava por um "projeto ideal".
— Gostei muito de trabalhar no Brasil. Tive contatos, houve clubes que me procuraram, mas por questão de ética, prefiro ficar reservado, tendo em conta a grandeza das instituições. Não existe nada fechado. Desde que saí do Red Bull, nunca tinha tido tantos contatos com abrangência geográfica tão díspar. Muitos deles não aceitei. Estamos à espera de encontrar um projeto ideal nesse momento — declarou há uma semana.
Caixinha surgiu no rol de análise dos dirigentes gremistas após a recusa de Tite. Sondado logo depois do término do Brasileirão, o ex-comandante da Seleção respondeu que aguardava por uma oportunidade no Exterior. Igualmente, os olhos da Arena voltaram-se para a Europa.
O maior impasse para chegar ao sucessor de Renato era o tempo de contrato. Com apenas um ano a mais de gestão, o presidente Alberto Guerra e seus pares buscavam um nome que se encaixasse no perfil de jogo desenhado: "Aguerrido, forte e intenso", como destacou o diretor de futebol Guto Peixoto. Assim, identificado como o nome ideal, o treinador português deverá devolver o contrato assinado nesta sexta, com um vínculo que se estende até dezembro de 2025.
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