A questão logística do Gre-Nal do primeiro turno do Brasileirão colocou Grêmio e Inter novamente em lados opostos — após uma prova de aproximação dos clubes, até com o lançamento da campanha "Jogando Junto – Pela Reconstrução do RS". Em entrevista antes da partida do Tricolor contra o Bragantino, o presidente Alberto Guerra confirmou que Alessandro Barcellos recusou a oferta de realizar os dois clássicos em campo neutro.
Sem esconder a frustração com a decisão do rival, Alberto Guerra afirmou que o Grêmio estuda as opções possíveis para mandar o jogo. A ideia original era de realizar o clássico no Maracanã.
— Conversei com o presidente do Inter, até para darmos exemplo. Algo acima do futebol. Os valores do nosso Conselho de Administração estão consonantes com nossas atitudes. Mas não foi só o Inter que não quis. Outros clubes também não quiseram. É cada um por si na questão desportiva, infelizmente. Respeitamos as opiniões e agora é pensar no melhor para o Grêmio — disse Guerra.
Como o Inter afirmou que vai fazer o clássico do segundo turno do Brasileirão no Estádio Beira-Rio, a ideia do Maracanã perde força. E o Grêmio estuda as melhores opções para casar a partida dentro da sua logística.
O Grêmio tenta inverter o mando de campo da partida contra o Botafogo do dia 16 de junho, para permanecer no Rio de Janeiro. Depois, em 19 de maio, o calendário do Brasileirão reserva jogo do Tricolor em Fortaleza. Quatro dias depois está marcado o Gre-Nal.
— Estamos em conversas, mas o Botafogo tem sido um dos clubes que mais apoia as causas do Rio Grande do Sul. Ainda falta um tempo. Eles estão sendo muito compreensivos. Tem uma lógica para não viajar de muito longe. Mas a pior logística é dos clubes do Ceará no Brasileirão. Reconheço isso. O jogo contra o Grêmio seria o único em casa. É muita ponta para amarrar. Estamos tentando atender todas essas variáveis — comentou Guerra.
Duas outras opções estudadas também apresentam problemas de datas. O Estádio Mané Garrinha, em Brasília, tem show marcado para o dia 21 de junho. No caso do Estádio Couto Pereira, em Curitiba, o entrave é a realização da partida entre Athletico-PR e Corinthians na cidade.