Adversários neste sábado (30), os técnicos de Juventude e Grêmio construíram uma relação que vai além do futebol. Com o Grêmio como ponto de início de ambos, como jogadores e técnicos, Roger Machado e Renato Portaluppi já foram companheiros. Viraram comandado e comandante, e neste final de semana serão rivais na decisão do Gauchão.
Aos 61 anos, Renato é o visitante no final de semana. Com 48 anos, Roger comanda o Juventude em busca de seu segundo título do Gauchão.
— Ele é bom técnico. O técnico, às vezes, não adianta o cara só ser bom. Às vezes o cara tem que ter um pouco de sorte também. Eu costumo falar que competência e sorte têm que andar juntas. Gosto muito dele. Tive o prazer de ser treinador dele lá no Fluminense, ter convivido com ele. Mesmo quando ele estava jogando no Grêmio, ele foi um grande jogador. Jogou muito, jogou muito. E torço muito por ele nessa profissão — disse Renato, em entrevista exclusiva para ZH.
Renato foi um dos que enxergaram em Roger um potencial para a profissão. O ex-lateral começou a trabalhar no Grêmio em 2010, como auxiliar na comissão do atual comandante gremista. Uma relação que se mantém próxima até os dias de hoje.
— Dias atrás eu vi que ele tava sendo criticado no Juventude. Falei, pô, ele é bom técnico. É fácil criticar. Mas às vezes tem que dar tempo ao tempo, entendeu? Da noite para o dia o cara vai chegar lá, vai resolver os problemas do clube, vai fazer o time jogar. Eu gosto muito dele. Eu conversava muito com ele. E quando ele fala que aprendeu muito, eu acho que ele aprendeu muito. Porque a gente tinha um muito bom relacionamento. E mesmo ele, quando ele era auxiliar, que ele foi um grande auxiliar. Falei pra ele: "Um dia eu acho que você vai andar com as tuas próprias pernas" — comentou.
Roger e Renato já se enfrentaram seis vezes como técnicos. A vantagem é do ex-lateral, com três vitórias a seu favor. O técnico gremista venceu duas vezes e um dos confrontos terminou em empate.