A perda da Recopa Gaúcha mexeu com o ambiente interno do Grêmio. Após anunciar que o treino desta quinta-feira (29) teria o período de aquecimento aberto à imprensa, a comissão técnica alterou o planejamento e resolveu trabalhar com portões fechados no CT Luiz Carvalho. O cenário irá se repetir na sexta (1º). Esta é uma das medidas adotadas pelo clube para blindar o vestiário e tentar controlar a turbulência gerada pelas derrotas para Inter e São Luiz, respectivamente.
Outra decisão que será implementada é o silêncio dos dirigentes gremistas em entrevistas. Além de ninguém ter se manifestado no Estádio 19 de Outubro, existe a avaliação de que novas declarações podem causar ruídos na comunicação e que todos os debates serão feitos internamente.
Inclusive, não há consenso nos bastidores em relação à ausência do técnico Renato Portaluppi na viagem a Ijuí, o que pode ter gerado uma ideia de desmobilização do clube para o confronto decisivo. Como também existe o questionamento à escalação de alguns jogadores em detrimento a outros. Porém, todas estas cobranças serão feitas de forma interna.
O objetivo é que, a partir desta reclusão, possa ser criado um ambiente de remobilização para os próximos compromissos. No sábado (2), o Tricolor recebe o Guarany de Bagé na Arena, pela última rodada da fase classificatória do Gauchão.
Mesmo sem chance de alcançar a liderança da tabela, a tendência é de utilização de força máxima para tentar encurtar a distância para o rival Inter, que aparece cinco pontos à frente. Pelo regulamento da competição, as equipes seguem pontuando na fase de mata-mata e existe a esperança de que o Grêmio consiga mandar um eventual jogo de volta da final em casa.