A polêmica criada pela não marcação de um pênalti em favor do Grêmio no jogo contra o Corinthians não foi a primeira de Emerson de Almeida Ferreira como árbitro de vídeo. Ex-árbitro de campo, o fisioterapeuta mineiro se dedicou nos últimos anos a trabalhar como VAR. Suspenso pela CBF, de acordo com publicação do portal Uol, esteve envolvido em outras punições e polêmicas. A CBF ainda não confirmou oficialmente a informação.
Foi como VAR que ele foi afastado pela CBF na temporada passada. A punição ocorreu após a partida entre Palmeiras e São Paulo, pelas oitavas da Copa do Brasil. Sua atuação gerou protesto por parte dos palmeirenses e, na sequência, o afastamento das partidas. A principal reclamação foi em lance que gerou a marcação de um pênalti sobre o são-paulino Calleri.
O Palmeiras vencia por 2 a 0 e avançava de fase. Com o gol do São Paulo, a disputa da vaga para as quartas de final foi para os pênaltis com vitória do Tricolor. Preocupado em verificar a penalidade, Emerson esqueceu de analisar o lance inicial da jogada. A CBF emitiu a seguinte explicação sobre o erro em jogo disputado em 14 de julho do ano passado.
"Aos 20 minutos do segundo tempo, durante ataque da equipe do São Paulo, o atacante (Calleri) recebe o lançamento, domina a bola e entra na área. Um defensor (Gustavo Gómez) disputa a bola e, durante a disputa, o defensor segura pelo ombro e o derrubando ao solo. O assistente de vídeo checa o lance e percebe a ação como faltosa. Por se tratar de lance protocolar, recomenda revisão ao árbitro. Ao analisar, decide marcar. O lance em análise apresenta uma situação anterior da condição de jogo do atacante. O assistente de vídeo deveria ter observado os melhores ângulos disponíveis. Em lances ajustados, a linha virtual deve ser utilizada para confirmação da decisão de campo. A seguir podemos observar o trabalho da equipe de arbitragem".
Depois do erro, ele ficou sem apitar jogos da elite no restante da temporada. Emerson ainda foi escalado duas vezes para ser árbitro principal de competições sub-20. Nesta temporada, o mineiro atuou só como VAR. A especialização não impediu diversas reclamações sobre suas decisões.
Aos 45 anos, Emerson apita desde 2009. Em 2015, foi eleito pelo Grupo Globo como o melhor árbitro do Campeonato Mineiro. O prêmio foi dado um ano após forte reclamação do Ceará em jogo contra o Botafogo.
À época, o clube cearense emitiu nota de repúdio contra a atuação em partida pelo Brasileirão. A direção, em nota, chamou a atuação do árbitro de "vergonhosa" e que "além das inversões de faltas" assinalou impedimento visto como inexistente em lance que resultaria em um gol da equipe nordestina no primeiro tempo.
Mas a maior ira estava relacionada à jogada da etapa final. O protesto também ocorreu por lance de pênalti não marcado. O erro foi visto pelo Ceará como "mais grosseiro" se comparado ao primeiro.
Em 2016, ele também foi afastado pela Federação Mineira. A punição, entretanto, não foi devido a um erro específico. Emerson descumpriu uma regra da Fifa que impedia que os árbitros concedam entrevista após os jogos. Naquele ano, o fisioterapeuta falou sobre sua arbitragem no jogo entre Atlético-MG e Cruzeiro.