Luan está cada vez mais perto de retornar ao Grêmio. O Tricolor deve anunciar a volta do campeão da Copa do Brasil e da Libertadores nos próximos dias. O jogador acertou a rescisão com o Corinthians, e agora o caminho está livre para o retorno ao clube.
O vínculo deverá ser até dezembro de 2023. A previsão é de que Luan desembarque em Porto Alegre até terça-feira (25) para realizar os exames médicos. Aos 30 anos, o jogador voltará para o Grêmio, de onde saiu em dezembro de 2019, quando foi vendido para o Corinthians.
1. A estreia
Oriundo do futsal paulista, Luan passou a atuar no futebol de campo no Tanabi, em 2012, pela Série B-1 do Paulistão. Passou pelo América de São José do Rio Preto — sua cidade natal —, e Catanduvense antes de chegar para o time de juniores do Grêmio em 2013. No ano seguinte, o jogador fez a estreia como profissional quando o Tricolor perdeu por 1 a 0 para o São José, no gramado sintético do Passo D'Areia.
2. O primeiro gol
Na noite do dia 29 de janeiro, ainda no início do Gauchão 2014, Luan marcava pela primeira vez com a camisa do Grêmio. O jogo era contra o Brasil-Pel, no Bento Freitas, e até então a equipe tricolor perdia a partida. Aos 25 minutos do segundo tempo, o camisa 7 recebeu entre os zagueiros e, com tranquilidade, tocou por cima do goleiro Luiz Muller. No fim, o Xavante ainda perdeu um pênalti e o placar do jogo terminou em 1 a 1.
3. Gre-Nal dos 5 a 0
Em 9 de agosto de 2015, Luan comandou o Grêmio no histórico Gre-Nal vencido pelos azuis por 5 a 0. Naquela noite de Dia dos Pais, o camisa 7 marcou duas vezes e foi o grande nome do jogo, que teve ainda gols de Giuliano, Fernandinho e Réver (contra).
4. Pipoca no carro
Depois de ser um dos destaques da equipe em 2015, temporada em que marcou 17 gols, Luan foi o principal alvo de um protesto realizado no ano seguinte.
Cerca de 30 pessoas foram ao CT Luiz Carvalho para cobrar uma melhora da equipe, que acumulava três derrotas (para São José, Toluca e São Paulo) em quatro partidas, uma delas pela estreia na Libertadores. Os torcedores atiraram pipoca nos vidros do carro do atacante, que chegava para o treino.
5. O primeiro título pelo Grêmio
Ao empatar em 1 a 1 com o Atlético-MG, o Grêmio sagrou-se pentacampeão da Copa do Brasil em 2016. Luan, que era utilizado como"falso 9", foi um dos destaques da campanha que encerrou um jejum de 15 anos sem títulos nacionais do clube. O atacante atuou em oito jogos e balançou a rede uma vez.
O único gol marcado pelo camisa 7 abriu o caminho para a classificação à final. No Mineirão, contra o Cruzeiro, a equipe de Renato fez uma construção coletiva de 23 toques na bola, sem a interceptação do adversário, numa ação que se prolongou por um minuto. A finalização foi um toque por cobertura, fora do alcance do goleiro Rafael.
6. Campeão da Libertadores
O maior momento de Luan como jogador do Grêmio veio no tricampeonato da Libertadores. A vitória por 2 a 1 sobre o Lanús, na Argentina, contou com um golaço do camisa 7. Aos 41 minutos do primeiro tempo, o atacante avançou em diagonal, ingressou na área diante de atordoados marcadores e, com um sutil toque, venceu o goleiro Andrada. Depois, o jogador comandou a festa no retorno a Porto Alegre, e voltou a provocar Sasha.
– Está ao vivo? Queria dizer que o papai está aqui, viu? O papai é campeão da América. O Grêmio é campeão, e o Sasha é um c**** — disse.
A atuação na competição sul-americana fez com que ele fosse escolhido o Rei da América em 2017, prêmio para o melhor jogador da temporada na tradicional eleição promovida pelo jornal uruguaio El Pais.
7. Queda nas atuações e afastamento
Depois de um 2018 recheado de lesões, Luan também não conseguiu deslanchar em 2019. Alvo de críticas dos torcedores, principalmente pelas más atuações no início da Libertadores, Renato Portaluppi revelou que Luan precisaria melhorar a parte física antes de voltar a jogar e o afastou por tempo indeterminado. Depois de 10 dias fazendo trabalhos em separado, o atacante voltou a treinar com o resto do grupo, mas não conseguiu recuperar a vaga no time titular.
O camisa 7 terminou 2019 como o líder de assistências do clube, com 10 passes para gol, mas perdeu protagonismo. Ele acabou ficando no banco e sequer entrou na partida de volta da semifinal da Copa do Brasil contra o Athletico-PR. Diante do Flamengo, pela Libertadores, atuou na Arena como titular, mas acabou ficando de fora do jogo no Maracanã pela lesão que o tirou do restante da temporada.