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Perplexo com o que havia testemunhado dentro de campo, o meia Alex, do Inter, fez a frase que sintetiza a diferença entre os dois times no Gre-Nal 407, neste domingo, na Arena:
- Nós não achamos o Grêmio.
De todos os substantivos usados para definir o que ocorreu no clássico, massacre talvez seja o mais adequado. O Grêmio fez 5 a 0, um resultado que não conseguia nos clássicos desde 1912, encantou sua torcida com uma atuação sem reparos e provou que tem o direito de sonhar mais alto no Brasileirão.
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Quanto ao Inter, parece ter perdido o rumo da Libertadores e precisa de medidas urgentes para salvar a temporada de um desastre completo.
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Fracassou por completo a ideia da direção colorada de remobilizar o time com a troca de treinador. Muito mais focado, como exige um Gre-Nal, o Grêmio impôs no primeiro tempo uma superioridade que não costuma ser habitual em clássicos. Contra um adversário desnorteado, empilhou situações e só não fez o primeiro gol antes dos 10 minutos pelo pênalti desperdiçado por Douglas.
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O segredo esteve na velocidade, aliada a uma técnica que é resultado de um trabalho diário de lapidação comandado por Roger Machado. Inspirado, o quarteto Douglas-Giuliano-Pedro Rocha e Luan desfilou na frente dos estáticos Dourado e Wellington Martins, este visivelmente fora de ritmo. Impotente, Odair Hellmann se limitava a, com gestos, tentar controlar a avalanche.
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A quatro minutos, Giuliano foi ao fundo e cruzou a Luan, que colocou para fora, em chute rasteiro. Aos oito, Alisson defendeu chute de Pedro Rocha, de fora da área. Na sequência, Pedro Rocha arrematou novamente, Alisson rebateu e, na continuação, derrubou Giuliano. Era a chance, com o pênalti, de o Grêmio saltar na frente, mas Douglas errou a cobrança, com chute para fora.
Em nova investida de Pedro Rocha pela esquerda, o atacante simulou pênalti e originou um bate-boca entre os jogadores dentro da área.
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Visivelmente sem soluções ofensivas, o Inter só foi assustar a 31 minutos. Sasha cruzou e, antes que Lisandro chutasse, Edinho salvou. Na cobrança do escanteio, Juan cabeceou por cima.
Quando o Inter conseguiu entender melhor o que ocorria em campo, sofreu o primeiro gol. A 34 minutos, Galhardo bateu escanteio da direita, Lisandro afastou mal e Giuliano, de pé esquerdo, fez um belo gol.
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Na tentativa de reação, o Inter avançou com Wellington pela esquerda, mas o chute foi salvo com os pés por Marcelo Grohe.
A vantagem ficou ainda maior a 43 minutos. Erazo avançou pela esquerda, serviu a Luan, que arriscou de longe e acertou o canto direito de Alisson.
Ainda haveria um cabeceio perigoso de Juan, para nova defesa importante de Grohe. Ficou, para a torcida gremista, a sensação de que 2 a 0 era pouco.
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A troca de Anderson por Alex, no intervalo, nada acrescentou ao Inter. O Grêmio seguiu soberano, acumulando chances e evidenciando que era o único time capaz de marcar mais gols. Não demorou a fazer o terceiro. A três minutos, Alisson defendeu para o lado chute de Pedro Rocha e Luan, sem marcação, ampliou.
Odair ajustou a marcação ao trocar o sumido Lisandro López por Nilton. Ganhou em qualidade na saída de bola e, na superação, teve a força ofensiva que lhe faltou no primeiro tempo. Esteve perto de descontar em chute potente de Alex, que acertou a trave esquerda. O próprio Nilton arriscou um arremate à longa distância, para fora.
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À vontade, o Grêmio jogava em eventuais erros defensivos do Inter, tirando proveito da velocidade de seus atacantes. E deu certo. A 30 minutos, Fernandinho pegou passe longo de Maicon, driblou Alisson e concluiu para desespero de Réver, que ainda tentou salvar.
A festa gremista ainda não estava completa. Aos 38 minutos, Fernandinho escapou pela esquerda, cruzou para o interior da área e Réver, desesperado, mandou contra sua própria meta.
A goleada histórica consolida a política de um clube que optou por ajustar suas finanças e que pode colher os frutos antes do tempo previsto. Quanto ao Inter, ainda levará muito tempo para explicar o desastre.
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