O presidente do Grêmio Romildo Bolzan se manifestou, na tarde desta segunda-feira (22), novamente sobre as brigas no setor norte da Arena, onde ficam os organizadas do clube, no empate com o Cruzeiro, pela 25ª rodada da Série B. Em razão da confusão, o Juizado do Torcedor decidiu suspender preventivamente as quatro organizadas do clube e determinou o fechamento do setor norte para a partida desta sexta-feira (26) com o Ituano.
Em sua manifestação, Romildo negou que o clube tenha sido negligente e criticou a decisão tomada pelo Juizado do Torcedor. Segundo a manifestação do presidente, a posição do clube é pela individualização das responsabilidades pelas cenas de violência.
— Esse processo está sendo julgado e a decisão foi julgar fora do processo. O Ministério Público pediu a suspensão das organizadas, nunca pediu a interdição do espaço. Se alguém pensa que o Grêmio negligenciou, sabem quantos biometrizados temos aqui? Quarenta e cinco mil pessoas estão cadastradas ali. O Grêmio não pode ser acusado de negligência — pontuou o dirigente, que afirmou que o clube não deixa de condenar os atos de violência.
O presidente gremista afirmou que o clube irá buscar em todas as esferas judiciais reverter a decisão. O clube pretende adotar os primeiros remédios jurídicos a partir desta segunda-feira (22) para reverter o fechamento da Arquibancada Norte.
Outro ponto defendido pelo presidente Romildo é o endurecimento das punições aos envolvidos. O departamento jurídico do clube estuda a possibilidade de banimento das pessoas envolvidas na briga.
— A gente vive um momento de busca, todos nós engajados, de buscar rapidamente a situação de acesso para a Série A e temos de estar atentos a tudo aquilo que possa nos causar um prejuízo e tomar as providências que podemos tomar. Fomos surpreendidos com a briga que aconteceu, lamentamos o episódio, o Grêmio é combatente dessas questões e não tolera nem aceita qualquer ato de briga ou risco do convívio social. Isso não pode ser passada a mão por cima. Estamos fazendo todo o esforço interno. Se for sócio iremos tomar as providências que sempre fazemos, de exclusão e tudo mais — afirmou.
Bolzan também reclamou da atuação da Brigada Militar e da empresa terceirizada contratada pela Arena Porto-Alegrense.
—Achei a atuação da BM pífia. Se tivesse ficado desde a primeira briga, talvez tivesse evitado muita coisa. Poderia ter uma atuação mais consistente. Como também foi a da segurança privada. Depois o penalizado é o Grêmio — lamentou.