O São Paulo já vencia o Juventude, na segunda-feira, quando Douglas Costa solicitou aos dirigentes do Grêmio a liberação para participar da festa de seu casamento, marcada para terça-feira no Copacabana Palace. Houve enorme incômodo entre todos. O pedido foi considerado descabido por todo o ambiente que cerca o clube. O jogador argumentou de que iria ao Rio de Janeiro e voltaria ainda nesta quarta-feira. Mas todos os demais profissionais estão em concentração desde o final do treino de terça.
Algumas pessoas influentes no Grêmio sugeriram afastá-lo. Tirar quem está desfocado de um ambiente que exige o máximo de atenção. O técnico Vagner Mancini, porém, pediu que ele permanecesse na concentração e vai relacioná-lo para o jogo. A dúvida é se será titular ou reserva de Jhonata Robert.
Não autorizado a sair do hotel, o camisa 10, maior estrela do time, passagens por Juventus e Bayern, 31 anos, ficou irritado. Abriu suas redes sociais e apagou todas as referências ao Grêmio. Não há mais fotos com uniforme e nem a menção de que é jogador do clube. Isso externou o que até então era incômodo interno.
Entre torcedores, é praticamente unânime a contrariedade à atitude do jogador. Quase ninguém defende o astro, que marcou dois gols e deu duas assistências em 27 jogos.
Douglas Costa havia comunicado seu casamento desde a apresentação. Informou que faria a festa no hotel carioca e que perderia alguns jogos. Só que a situação da pandemia se agravou e o evento foi cancelado.
O atleta, então, viajou a Punta Cana para um pedaço da cerimônia. Reagendou a festa para depois do que deveria ter sido o final do Brasileirão, domingo passado.
Mas em 1º de outubro, a CBF comunicou que o campeonato precisaria de mais quatro dias para ser concluído. Ou seja: a comemoração estava prevista para antes da conclusão da disputa. Mesmo assim, o evento não foi remarcado.
Enquanto o Grêmio ainda luta contra o rebaixamento, o futuro de Douglas Costa, mesmo com contrato até 2023, parece cada vez mais longe de Porto Alegre.