A paralisação do futebol, causada pela pandemia do coronavírus, pode fazer com que o Grêmio tenha que efetuar a venda de um jogador para equilibrar as contas. O atleta mais assediado segue sendo Everton, que chegou a abrir conversas com o Napoli, da Itália. O negócio, no entanto, não evoluiu.
Na última semana, surgiu o interesse do Wolfsburg, da Alemanha, no atacante Pepê. Mesmo na reserva, o jovem tem se destacado pelo Tricolor. A seu favor, soma-se também as boas atuações pela seleção brasileira sub-23. Fazer negócios com clubes alemães não tem sido uma novidade para o Grêmio. Vários jogadores que se destacaram pelo Tricolor acabaram se transferindo para a disputa da Bundesliga. Confira abaixo alguns exemplos:
Marcelinho Paraíba (2001)
A passagem de Marcelinho Paraíba pelo Grêmio foi curta, mas suficiente para conquistar os títulos do Gauchão e da Copa do Brasil em 2001. No torneio nacional, o meia foi destaque e marcou um dos gols na partida de volta da final contra o Corinthians. Pelo Tricolor, foram 23 jogos e 15 gols marcados. Chegou a ser convocado por Felipão em algumas partidas das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002. Foi negociado com o Hertha Berlim (o valor não foi divulgado na época), onde ficou por cinco temporadas.
Carlos Eduardo (2007)
Revelado pelas categorias de base do Grêmio, Carlos Eduardo foi figura importante na surpreendente campanha na Libertadores de 2007, que terminou com o vice-campeonato diante do Boca Juniors. As boas atuações pela equipe gaúcha chamaram a atenção do Hoffenheim, que fechou a contratação do atacante por 8 milhões de euros. Após quatro temporadas no futebol alemão, o jogador se transferiu para o Rubin Kazan, da Rússia. Retornou ao futebol brasileiro em 2013 e atualmente está sem clube.
Réver (2010)
O zagueiro foi um dos destaques na conquista da Copa do Brasil de 2005 pelo Paulista, de Jundiaí. Após uma passagem pelo futebol do Exterior, chegou ao Grêmio em 2008. Na temporada seguinte, Réver disputou 52 partidas e marcou sete gols. No início de 2010, foi vendido ao Wolfsburg. A negociação ficou na casa dos 5 milhões de euros. O clube gaúcho ficou com 55% deste valor. O restante foi dividido entre o Paulista e investidores.
Wendell (2014)
O lateral-esquerdo foi contratado em 2013, após ter se destacado no campeonato paranaense pelo Londrina. O clube gaúcho investiu R$ 300 mil pelo empréstimo do atleta. No início da temporada de 2014, o Grêmio pagou R$ 2 milhões por 65% do passe do jogador. Pelo Tricolor, foram apenas 31 jogos disputados e um gol marcado. Foi negociado com o Bayer Leverkusen, depois da Libertadores de 2014, em uma negociação que ficou em torno dos 5 milhões de euros.
Walace (2017)
O volante estreou pelo Grêmio em 2014, sob o comando de Felipão. Mesmo com a derrota para o Inter por 2 a 0, o jogador mostrou bom futebol e terminou a temporada como titular da equipe. Walace foi utilizado por Roger Machado e mantido no time com a chegada de Renato Portaluppi. Fez parte da conquista da Copa do Brasil em 2016. No início da temporada seguinte, foi vendido ao Hamburgo, por 10 milhões de euros. O Tricolor ficou com 60% do valor.
Outras negociações
O interesse dos clubes alemães em jogadores do Grêmio começaram já na década de 1990. Logo após a conquista da Libertadores de 1995, o meia Arilson foi negociado com o Kaiserslautern. A saída abriu espaço para o surgimento de Emerson, que iniciou a carreira como meia e depois virou volante, inclusiva com passagem pela Seleção Brasileira. Em 1997, Emerson foi negociado pelo Grêmio com o Bayer Leverkusen.